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73 ANOS

Paranavaí projeta futuro com foco em mobilidade, adensamento urbano e parques ambientais

Planejamento para os próximos 10 anos aposta em verticalização, modernização do trânsito, expansão sustentável e tecnologia para transformar a cidade em um polo urbano mais moderno, eficiente e conectado

Cibele Chacon 

Da redação

Paranavaí chega aos 73 anos diante de um horizonte que exige escolhas: como crescer, para onde avançar e quais prioridades definir para que o desenvolvimento acompanhe o ritmo da cidade e garanta qualidade de vida para quem vive aqui. Entre desafios urgentes e oportunidades estruturais, os próximos dez anos serão decisivos para moldar a Paranavaí do futuro — mais conectada, mais sustentável e com melhor uso do seu território.

O secretário de Desenvolvimento Urbano de Paranavaí, Guilherme Ruiz, explica que a cidade já reúne condições únicas para dar esse salto. Segundo ele, “Paranavaí tem um grande potencial de crescimento urbano, econômico, educacional e também na oferta de espaços de lazer”. Esse potencial aparece também nas áreas verdes previstas nas regiões de expansão, que, se bem planejadas, poderão ser transformadas em grandes parques urbanos. “Com o devido planejamento, essas áreas poderão ser transformadas em grandes parques, promovendo qualidade de vida, valorização imobiliária e sustentabilidade”, afirma.

Outro vetor estratégico é a localização geográfica. Ruiz destaca que Paranavaí tende a se fortalecer como ponto de ligação entre Mato Grosso e o Porto de Paranaguá, favorecida pela futura ponte na região dos portos. “Essa conexão favorecerá diretamente o setor industrial da cidade, sobretudo ao longo da BR-376”, lembra o secretário, destacando que essa nova logística exige ações desde já para não perder oportunidades.

Ele também projeta um centro urbano mais verticalizado e moderno. “Imagino Paranavaí com um centro urbano mais verticalizado, composto por prédios residenciais e comerciais, infraestrutura moderna, áreas de lazer e espaços de convivência”, explica. Segundo Ruiz, a quantidade de terrenos ociosos na região central permite adensar com inteligência, e políticas públicas já vêm sendo implementadas para incentivar essa verticalização de forma equilibrada.

Mobilidade: o desafio que já bate à porta
Um dos desafios é a circulação e a malha viária se torna estratégica

Entre os desafios mais urgentes está a mobilidade urbana. Paranavaí possui hoje um dos maiores índices de veículos por habitante da região: cerca de 1,2 por pessoa. Isso pressiona o trânsito, reduz vagas de estacionamento e eleva a emissão de poluentes. Ruiz destaca a necessidade de uma virada: “É urgente investir em infraestrutura cicloviária, transporte público de qualidade e incentivo ao uso de modais alternativos, como a bicicleta”.

A expansão desordenada também precisa ser enfrentada imediatamente. “O crescimento desorganizado, com ocupação cada vez mais periférica, sobrecarrega os serviços públicos e encarece a manutenção urbana”, afirma. Para ele, fortalecer o adensamento das áreas centrais é essencial para melhorar o acesso a serviços e aproveitar a infraestrutura já existente.

Planejamento: de planos antigos a uma cidade redesenhada

Um dos problemas que preocupam a gestão é a multiplicação de casas em terrenos originalmente dimensionados para uma única residência. Ruiz lembra que isso compromete redes elétricas, especialmente com o aumento de placas fotovoltaicas, e afeta o estacionamento público pela quantidade de guias rebaixadas. “Essa prática pode sobrecarregar a rede elétrica […] além de dificultar o estacionamento nas vias públicas”, explica.

O trânsito, aliás, é um dos gargalos que exigem ações contínuas. O município já implementou medidas em novos loteamentos, como vias mais largas e contornos que futuramente funcionarão como um anel viário. “A criação de contornos […] aliviando o trânsito nas áreas centrais”, é uma das estratégias destacadas por Ruiz. Ele também menciona avanços na sincronização semafórica e melhorias de calçadas e passeios para tornar o deslocamento mais seguro e acessível.

Guilherme Ruiz, secretário de Desenvolvimento Urbano de Paranavaí

A preservação ambiental aparece como eixo essencial do planejamento. Paranavaí está finalizando um mapa completo das áreas sensíveis, identificadas e incorporadas ao Plano Diretor. “As regiões de preservação e as reservas legais foram identificadas, georreferenciadas e incorporadas ao Plano Diretor, com previsão de que sejam transformadas em grandes parques urbanos”, afirma o secretário.

Cidade inteligente já começou

A cidade também já avança no conceito de “smart city”. “O município conta com georreferenciamento completo da cidade, incluindo áreas de preservação, diretrizes viárias e a rede de esgotamento sanitário”, explica. Ele destaca ainda o uso de mapeamento de calor para localizar áreas de vulnerabilidade social e a modernização da iluminação pública com LED preparado para câmeras e Wi-Fi.

Para transformar Paranavaí em uma cidade mais moderna e funcional, Ruiz cita uma série de projetos estruturantes. Entre eles, o incentivo a indústrias e empresas que gerem empregos de maior qualificação, fundamentais para fortalecer o comércio e melhorar indicadores sociais.

O secretário considera ainda que os parques urbanos devem ter papel central nos próximos anos, contribuindo não só para o meio ambiente, mas também para a saúde física e mental da população. Ele defende maior integração com universidades e escolas técnicas, acreditando que “muitas soluções inovadoras podem surgir a partir da comunidade acadêmica”.

Projetos que vão moldar o futuro

E quando fala sobre o futuro, Ruiz revela um projeto que considera transformador: o complexo turístico do Cristo Rei. “O potencial dessa área é imenso, e acredito que sua valorização transformará profundamente a cidade”, afirma. Para ele, o impacto seria urbanístico, econômico e simbólico, elevando a imagem de Paranavaí e criando um novo marco de desenvolvimento.

Nos 73 anos que marcam sua história, Paranavaí se encontra diante de escolhas que decidirão seu futuro. Planejar hoje significa garantir que a cidade cresça com qualidade, mais verde, mais inteligente, mais conectada e preparada para os próximos décadas.

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