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Paranavaí registra 0ºC e atinge menor temperatura desde 1997. Frio compromete produções rurais

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Zero grau. A menor temperatura do ano. A mais baixa desde 1997, quando o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) iniciou as medições em Paranavaí. A manhã de quinta-feira (29) começou gelada, resultado da intensa massa de ar polar que se desloca pelo Sul do Brasil e vai perdendo força gradativamente nos próximos dias. A previsão para esta sexta-feira (30) é atingir mínima de 3 graus e máxima de 19 graus. No sábado (31), variação de 8 a 21 graus.

O meteorologista Paulo Barbieri afirma que os ventos moderados durante a madrugada de ontem dificultaram a formação de geadas no Noroeste do Paraná, mas garantiram sensação térmica de aproximadamente dois graus negativos.

Pesquisador em agrometeorologia, Pablo Nitsche, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), explica que as geadas foram severas em grande parte do Estado, mas ainda não é possível identificar os danos causados nas produções agropecuárias. Avalia que pastagens e plantações de milho, cana de açúcar e frutas tropicais já tinham sido comprometidas.

Agora, foi a vez do trigo, que até então resistiu às ondas de frio intenso no final de julho e há aproximadamente 10 dias. “Desde a primeira geada, há 30 dias, algumas lavouras de trigo chegaram à fase de espigamento. O grão fica leitoso e é mais fácil de congelar e perder qualidade”, destaca Nitsche. Hortaliças também são extremamente sensíveis às baixas temperaturas, completa.

Inverno – A estação mais fria do ano teve início no dia 21 de junho e vai até 22 de setembro. Até lá, podem ocorrer outras ondas como a registrada desde quarta-feira (28). Antes, Paranavaí já tinha enfrentado temperaturas perto de zero e geadas. No dia 30 de junho, a mínima havia chegado a 1,4 grau. No dia 19 de julho, os termômetros registraram 0,9 grau.

De acordo com o meteorologista Paulo Barbieri, a menor marca de Paranavaí tinha sido em julho de 2017, quando os termômetros apontaram 0,1 grau. Ele não descarta a possibilidade de uma nova onda de frio como as que passaram pelo Paraná ao longo dos últimos 30 dias. “Pode ocorrer.” E informa que o Simepar segue enviando alertas de geada para os produtores rurais, com o objetivo de prevenir grandes perdas nas lavouras.

O Simepar destaca que em anos anteriores as temporadas de frio tiveram menor duração e com menos força porque as massas de ar polar contornavam o Paraná. Diferentemente, em 2021, os núcleos mais intensos estão atravessando o Estado, sempre acompanhados de baixa umidade relativa do ar.

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