REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
A retirada de troncos e galhos de árvores que se espalharam por Paranavaí no fim de semana passado, após a passagem do temporal, deve se estender até a segunda semana de novembro. A estimativa é do prefeito licenciado e presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil, Carlos Henrique Rossato Gomes (KIQ). Neste sábado (30) e domingo (31), haverá uma força-tarefa para diminuir o tempo de execução dos serviços de limpeza pelos bairros.
As contas iniciais indicavam pelo menos 100 árvores caídas em Paranavaí e os danos causados à rede elétrica chegaram a interromper o fornecimento de energia em 12 mil domicílios dentro dos limites urbanos e na área rural. Conforme a última atualização da Copel, menos de 100 unidades consumidoras em Paranavaí ainda estavam sem luz na sexta-feira (29) e nos demais municípios onde houve danos.
Também foi preciso entregar pelo menos 200 telhas para os moradores que tiveram os imóveis atingidos pelos fortes ventos ou pela chuva de granizo. De acordo com o prefeito licenciado, grande parte foi levada à Vila Rural Águia Dourada, que concentrou os casos mais graves, avaliou KIQ.
Por causa da gravidade do problema e em razão dos prejuízos ao patrimônio público, o prefeito em exercício Pedro Baraldi decretou estado de emergência, que dará à Administração Municipal mais celeridade na contratação de empresas para reparar os estragos. A secretaria mais afetada foi a de Educação, por ser a que reúne maior número de prédios em Paranavaí. Dos 33 estabelecimentos, pelo menos 24 ficaram comprometidos e em alguns casos foi preciso suspender as aulas presenciais.
Em rápida entrevista ao Diário do Noroeste, KIQ destacou que o estado de emergência não permite que os investimentos sejam feitos fora dos trâmites legais. A dispensa de licitação dá, sim, maior agilidade aos processos, mas a cautela com os recursos públicos se mantém. As verbas devem ser aplicadas somente nos casos em que os estragos foram provocados pelo temporal de sábado passado.
Chamou a atenção do presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil o fato de em eventos climáticos anteriores, como em 2007, a força da enxurrada ter danificado a malha asfáltica da cidade a ponto de ser necessário interditar vias públicas. Desta vez, os bloqueios foram necessários por causa das quedas de árvores e dos riscos provocados pelo rompimento da fiação de alta tensão, mas o asfalto sofreu poucas avarias.