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73 ANOS

Paranavaí: vocação para o desenvolvimento

Prefeito José Vaz de Carvalho recebeu o “Diploma de Honra” que atesta a condição de um dos municípios brasileiros de maior progresso, o quinto mais desenvolvimentista do País em 1955. A entrega foi feita pelo presidente Juscelino Kubitschek (JK)

ADÃO RIBEIRO

Da Redação

“IN FIDE UNITATIS LABORIS ET SCIENTAE CIVITAS INTER PRIMARIAS QUINQUE BRASILIAE”. A frase em latim guarda muito da história de Paranavaí e prova que a cidade nasceu com vocação para o progresso. Vamos à tradução: Na fé, na união, no trabalho e na ciência, entre as cinco primeiras cidades do Brasil. A expressão está no Brasão de Armas do Município (que compõe também a bandeira), criado pelo prefeito Ulisses Faria Bandeira em 14 de agosto de 1958. 

A bandeira de Paranavaí. No detalhe, o Brasão de Armas 

A inscrição mostrou a realidade de época, eternizando um momento ímpar na história de Paranavaí, que vivia o auge da cultura cafeeira. Aos fatos: No dia 18 de outubro de 1956, o prefeito José Vaz de Carvalho recebeu o “Diploma de Honra” que atesta a condição de um dos municípios brasileiros de maior progresso, no caso, o quinto mais desenvolvimentista do País em 1955. A entrega foi feita pelo presidente Juscelino Kubitschek (JK). 

Diploma concedido ao município e entregue em 1956 pelo presidente JK
Foto: 

Pela grandiosidade, o momento foi compartilhado por várias lideranças, também eternizadas na memória paranavaiense. Na foto (abaixo), veem-se com o diploma, da esquerda para a direita: Ephrain Marques Machado, Jorginho Esperidião (Livraria Santa Helena), Adão Roth (pai), Antonio Pilar Cardoso, prefeito José Vaz de Carvalho, Adão Hoth Filho, (proprietário do Jardim Ouro Branco) e Ismael Grippe (médico). A foto foi tirada na frente do Palácio do Catete, Rio de Janeiro, sede do Governo Federal até o ano de 1960. 

O acervo fotográfico compartilhado com o Diário do Noroeste é de Abel Vaz da Silva Júnior.

Lideranças e o diploma. Da direita para a esquerda: Ephrain Marques Machado, Jorginho Esperidião (Livraria Santa Helena), Adão Roth (pai), Antonio Pilar Cardoso, prefeito José Vaz de Carvalho, Adão Hoth Filho, (proprietário do Jd. Ouro Branco) e Ismael Grippe (médico)

Voltando aos símbolos oficiais de Paranavaí, a inscrição em latim foi idealizada pelo frei Ulrico Goevert e pelo professor João Albino Werlang. O frei Ulrico se estabeleceu na cidade em 1951 e o professor Werlang foi diretor do Colégio Estadual de Paranavaí. 

O Brasão de Armas do Município de Paranavaí foi criado pelo prefeito Ulisses Faria Bandeira em 14 de agosto de 1958, pela lei nº 205/1958. Outra data que entrou para a história em relação aos símbolos de Paranavaí foi 22 de setembro. No ano de 1986, o então prefeito Benedito Pinto Dias sancionou a lei nº 1161, que oficializou a bandeira da cidade.

Origem do nome Paranavaí

Antes do “batizado oficial”, a região foi chamada de Fazendinha, Gleba Pirapó, Vila Montoya, Fazenda Brasileira e Colônia. Paranavaí recebeu o nome definitivo em 1947. As lideranças entendiam Fazenda Brasileira como um nome desgastado e ligado a assassinatos, explorações, enfim, de má fama onde quer que fosse pronunciado. A fama foi a consequência do período anterior marcado por disputa intensa pela posse da terra, entre outras razões de poder.

Na noite de 16 de junho de 1947, preparando-se para uma seresta, o futuro vereador Octacílio Egger e o futuro prefeito Ulisses Faria Bandeira (o cantor do grupo) e outros companheiros, começaram a estudar um nome. Entre vários, acabaram optando pelo nome formado pela junção das denominações indígenas Paraná (grande rio)+Paranapanema (rio sem peixe)+Ivaí (rio de água suja, barrenta), nomenclatura adotada pelos povos que habitavam a região da Serra dos Dourados, no Noroeste paranaense.

Outra versão para o nome

Também consta nas histórias contadas por essas bandas, conforme atesta a pesquisa do jornalista David Arioch, que o engenheiro Francisco de Almeida Faria, em 1944, teria sugerido o nome Paranavaí. O argumento para a mudança teria sido a necessidade de ter um nome só para designar a localidade. Nessa vertente, permanece o neologismo a partir dos nomes dos rios Paraná e Ivaí.

(Fontes: Diário do Noroeste, professor Saul Bogoni (in memorian), David Arioch, município de Paranavaí.)

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