REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
“Vivemos em tempos sombrios, mas a Páscoa traz a esperança de dias melhores. Deixemo-nos contagiar pela luz do Cristo ressuscitado.”
As palavras do bispo diocesano de Paranavaí, dom Mário Spaki, convidam a uma reflexão sobre o que a Semana Santa representa aos olhos da fé.
Neste período, a comunidade católica celebra a trajetória de Jesus desde a chegada triunfal a Jerusalém até a vitória sobre a morte, depois de ser torturado, crucificado e assassinado.
Trata-se do momento central para o cristianismo. Todo o ano litúrgico aponta para o mistério pascal.
“Revela quem é Deus, capaz de dar a vida, concretamente, para salvar a humanidade.”
O líder religioso explica que as celebrações começam no Domingo de Ramos, alusão à entrada de Jesus na cidade santa. Montado em um jumento, foi recebido como um rei. A simbologia do animal retratado nos textos bíblicos é importante: o jumento é pacífico e serviçal, características empregadas ao próprio Deus.
Conta a história cristã que Jesus se abrigou em Betânia, distante quatro quilômetros de Jerusalém, hóspede de Lázaro, Maria e Marta. Na noite me que foi preso, depois da última ceia, estava no Monte das Oliveiras quando Judas e os soldados o encontraram.
O episódio marca o começo do tríduo pascal. São três dias dedicados à memória dos últimos momentos de Jesus na terra. Nas celebrações religiosas, a bênção inicial é proferida na Quinta-Feira Santa e o ciclo só termina após a cerimônia do Sábado de Aleluia, com a bênção final.
Os ritos estão interligados, formam uma sequência, são complementares. Por isso, o pedido de dom Mário Spaki é que os católicos acompanhem as celebrações dos três dias. Participar somente na Sexta-Feira Santa é viver apenas um pedaço e não o todo.
A programação completa da Semana Santa nas paróquias da Diocese de Paranavaí está disponível no site do Diário do Noroeste. Acesse diariodonoroeste.com.br ou aponte a câmera do aparelho celular para o QR Code que acompanha esta matéria e confira os detalhes.
VITÓRIA
O bispo diocesano de Paranavaí cita um ditado popular:
“Dizem que damos jeito para tudo, menos para a morte. A Páscoa prova que para Deus nada é impossível. Ele deu um jeito na morte”. Com a ressurreição de Jesus, a morte deixou de ser o fim e se tornou o começo de uma nova vida.
Ele venceu a morte e escreveu uma nova história, rompeu as barreiras que separavam a humanidade e o divino. “Qualquer pessoa tem acesso a Deus. Ele permanece em tudo, em todos”, acrescenta dom Mário Spaki.
ABSTINÊNCIA
A Igreja Católica pede que os fiéis se abstenham do consumo de carne vermelha na Quarta-Feira de Cinzas, que marca o começo da Quaresma, e na Sexta-Feira da Paixão. O jejum vai além do sacrifício; é uma forma de manter o domínio sobre os próprios instintos e envolver também o corpo nessa dimensão da oração.
A tradição de ingerir peixe como alternativa à carne vermelha não configura problema algum, desde que haja moderação, caso contrário, não há abstinência, não há abnegação, não faz sentido.