Os preços das passagens aéreas estão nas alturas. No acumulado de 12 meses até junho, os bilhetes acumularam inflação prévia de 123,26% no Brasil.
É a alta mais intensa entre 367 subitens que compõem o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15). Até junho, o IPCA-15 acumulou avanço de 12,04% em termos gerais, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A disparada das passagens aéreas vem em um contexto de maior demanda por viagens, após as restrições causadas pela pandemia, e aumento do combustível usado na aviação, o que pressiona os custos das companhias aéreas. No recorte mensal, os bilhetes subiram 11,36% em junho, após variação ainda mais intensa em maio (18,40%), conforme o IPCA-15. Em 12 meses até junho, a segunda maior escalada dos preços é a da abobrinha: 101%. O avanço era de 81,10% até maio.
Na largada deste ano, frutas, legumes e hortaliças subiram no Brasil com o impacto do clima adverso. Os registros de seca no Sul e de chuvas fortes em regiões como o Sudeste e o Nordeste abalaram as plantações, com impacto sobre a oferta e os preços finais. Alguns alimentos atingidos começam a dar sinais de desaceleração, mas continuam com altas expressivas. É o caso da cenoura. No acumulado, o avanço passou de 146,31% até maio para 99,55% até junho.
Apesar da trégua, a cenoura é o subitem com a terceira maior alta de preços nos últimos 12 meses. O pepino está no quarto lugar do ranking. A alta foi de 84,03% no acumulado até junho. A subida era de 45,79% até maio. A batata-inglesa vem na sequência, com elevação de 65,93% até junho. A variação era de 64,74% até o mês anterior. A seguir, veja os 15 subitens que acumularam as maiores variações em 12 meses, segundo o IPCA-15.
FolhaPress