A Polícia Civil deflagrou, nesta sexta-feira (21), uma nova fase da operação que investiga uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas em Maringá. A apuração teve início no segundo semestre de 2024, quando um jornalista da cidade foi apontado como suspeito de repassar informações sigilosas sobre investigações e operações policiais ao grupo criminoso.
Na etapa mais recente da operação, os investigadores avançaram a partir da perícia no celular de um integrante da facção, já falecido. O material analisado confirmou que ele atuava diretamente no tráfico e mantinha contato com outros membros da organização. Além disso, as mensagens indicam que informações estratégicas das forças de segurança estavam sendo compartilhadas internamente, permitindo ao grupo antecipar-se às ações da polícia e dificultar prisões.
Os alvos desta fase incluem um suspeito diretamente ligado ao tráfico e outros indivíduos apontados como parte de uma rede que obtinha e repassava dados sigilosos. A análise do aparelho revelou registros que sugerem o acesso a sistemas restritos das polícias Civil e Militar, reforçando a hipótese de envolvimento de pessoas com acesso privilegiado a essas informações.
De acordo com o delegado Leandro Roque Munin, do núcleo Maringá da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), a operação revelou um esquema sofisticado de proteção da organização criminosa. “Identificamos que havia um fluxo de informações privilegiadas circulando entre os criminosos. Em uma de nossas operações, houve um vazamento que permitiu ao grupo se antecipar às ações policiais”, destacou.
A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e mapear o alcance da rede de vazamento de informações.