O período da piracema, que restringe a pesca de espécies nativas no Paraná, começa na segunda-feira (1º), de acordo com o Instituto Água e Terra (IAT). A determinação deve ser cumprida até 28 de fevereiro de 2022, informou o órgão. A restrição, que ocorre há mais de 15 anos, protege espécies como bagre, dourado, jaú, pintado e lambari. Conforme o IAT (Instituto Água e Terra) nesse período de quatro meses a maioria dessas espécies se reproduz.
Segundo o IAT, a pesca fica proibida na bacia hidrográfica do Rio Paraná por causa do comportamento migratório e de reprodução dos peixes. A bacia compreende o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio.
Região – A Região do Noroeste Paranaense é diretamente impactada com essa determinação. Locais como Porto Rico, Porto São José, Porto Maringá e Porto Brasílio, entre outros, recebem milhares de turistas em busca da prática da pesca. Serão quatro meses de proibição, em que a atividade não poderá ser realizada.
A expectativa é que a região receba um grande número de visitantes este final de semana, até em decorrência do feriado de finados. Sábado e domingo são aguardadas muitas embarcações no Rio, aproveitando os últimos dias da pesca aberta.
Multa e fiscalização – De acordo com o IAT, quem for flagrado pescando em desacordo com as restrições determinadas pela portaria será enquadrado na lei de crimes ambientais. Fiscais do IAT e da Polícia Ambiental vão reforçar as ações de fiscalização em todo o Estado.
A multa é de cerca de R$ 700 por pescador e mais de R$ 20 por quilo de peixe pescado. Além disso, os materiais de pesca, como varas, redes e embarcações, poderão ser apreendidos. O transporte e a comercialização também serão fiscalizados.
Ainda segundo o órgão, durante o período são proibidas também competições de pesca, como torneios, campeonatos e gincanas. Somente são permitidas as competições em reservatórios, visando a captura de espécies não nativas e híbridos.