GUILHERME SETO
DA FOLHAPRESS
O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, assinou uma portaria em 8 de dezembro designando o delegado Rodrigo Morais Fernandes, responsável pela investigação sobre a facada em Jair Bolsonaro (PR), para trabalhar por dois anos em força tarefa em Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo a portaria, Fernandes deverá exercer a partir de fevereiro de 2022 a função de oficial de ligação da Polícia Federal junto à força tarefa de El Dorado no escritório da Homeland Security Investigations (HSI), em Nova York.
Internamente, na PF, a ida aos Estados Unidos é vista como a realização de um desejo do próprio delegado, e não uma transferência forçada. Fernandes adquiriu experiência internacional ao atuar como diretor de inteligência da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos entre 2013 e 2015.
Jair Bolsonaro até hoje tenta levantar suspeitas sobre a facada que levou, questionando o trabalho feito pela PF. Morais concluiu não haver indícios de mandantes até o momento e que Adélio Bispo teria atuado sozinho. Bispo foi considerado doente mental pela Justiça e, por isso, inimputável.
Em novembro, a PF reabriu a investigação e algumas diligências já foram pedidas. A retomada aconteceu após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região autorizar a investida contra Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Bispo e alvo de busca e apreensão em dezembro de 2018.