Equilíbrio. Essa foi a palavra usada algumas vezes pelo vice-governador Darci Piana durante o discurso de abertura da 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente e Mudança do Clima (CEMA/PR), nesta quarta-feira (12), no Centro de Exposições Positivo, no Parque Barigui, em Curitiba. O evento, com entrada gratuita, vai até esta quinta-feira (13).
As informações são da Agência Estadual de Notícias.
“Equilíbrio entre desenvolvimento econômico, social e sustentável. Equilíbrio entre produzir e preservar. Equilíbrio para planejar e encontrar as melhores alternativas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Essa é a receita do Paraná, e que está dando certo, por isso somos o Estado mais sustentável do País”, disse o vice-governador, para uma plateia de mais de 500 pessoas, de diferentes municípios paranaenses, que se credenciaram para discutir estratégias de enfrentamento ao aquecimento global.
Com o tema “Paraná agindo pelo clima”, o evento, organizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), é uma das etapas da Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). Ao todo, serão analisadas mais 650 contribuições, oriundas das conferências municipais. Desse total, serão extraídos os 20 pontos principais, uma espécie de Carta do Paraná para as mudanças climáticas. O compilado será levado para o CNMA, em maio, em Brasília (DF).
São cinco os eixos temáticos – Mitigação: redução da emissão de gases de efeito estufa e incentivo a tecnologias sustentáveis; Adaptação e preparação para desastres: medidas para fortalecer a resiliência climática; Transformação ecológica: modelos sustentáveis de produção e regeneração ambiental; Justiça climática: garantia de equidade na distribuição dos benefícios de políticas climáticas; e Governança e educação ambiental: ampliação da participação social e conscientização sobre mudanças climáticas.
“Somos recordistas no combate ao desmatamento ilegal, com redução de mais de 70%, um ativo que certamente tem um impacto absurdo em qualquer combate a mudanças no clima. Mas precisamos de mais, das decisões que serão tomadas aqui e que certamente nos farão avançar sobre esse tema tão delicado para a sociedade”, afirmou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.
Ele ressaltou que o Paraná já iniciou uma série de medidas com foco na mitigação do problema. Entre elas, citou o investimento de R$ 160 milhões em novos radares que vão mapear o Estado por inteiro, por meio dos projetos Monitora Paraná e Monitora Litoral. Lembrou também que, ainda no ano passado, o Estado alcançou a marca de 10 milhões de mudas de espécies nativas distribuídas, uma forma de alavancar a recuperação de áreas degradadas.
“Temos ainda a construção de parques urbanos, como esse Barigui aqui, que revitalizam cidades por meio de áreas verdes, e a expansão de Unidades de Conservação como forma de criar cinturões naturais de proteção ao meio ambiente”, destacou Souza.
Além disso, durante a etapa estadual serão selecionados até 40 delegados que representarão o Paraná na etapa nacional. “Uma discussão ampla, democrática e colaborativa, para se encontrar o melhor caminho a ser seguido”, disse o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto. “Construir políticas públicas que podem ajudar a mitigar os impactos da emergência climática no País”, acrescentou.
