Recentemente um apagão nacional deixou um 1,07 milhão de unidades consumidoras do Paraná sem energia elétrica, e interrompeu 27% do consumo de energia do Brasil, de acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel).
A interrupção, que levou cerca de três horas, foi ocasionada por falhas na interligação de sistemas de transmissão é realizada para evitar maiores problemas como picos de energia. A evolução da tecnologia no setor elétrico, com o uso de IoT, já permite que situações como essa sejam identificadas e sanadas. Na ponta (unidades consumidoras), evoluções em equipamentos tratam de garantir continuidade no abastecimento e segurança das operações.
Esses e outros assuntos serão discutidos durante o Cinase, evento do setor elétrico que acontece em Curitiba, no Expotrade Pinhais, de 04 a 5 de outubro.
Fábio Amaral, Engenheiro Eletricista e diretor da Engerey
“Atualmente, já existem soluções tecnológicas que evitam queima de equipamentos por sobretensão em comércios, indústrias e residências, que são justamente ocasionados pela interrupção repentina no fornecimento de energia elétrica e pela volta abrupta da mesma (picos de energia). Além de também poderem causar incêndios e mortes”, conta Fábio Amaral, Engenheiro Eletricista e diretor da Engerey Painéis Elétricos, empresa que estará presente no evento. Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), o Paraná foi o estado com maior número de incêndios por sobrecarga do país, com 61 casos somente no primeiro semestre de 2023.
Evento
A 45.ª Edição do Circuito Nacional do Setor Elétrico (CINASE) reunirá autoridades e especialistas no setor elétrico nacional para discutir as principais técnicas e tecnologias envolvendo todo o ecossistema, desde a geração até a instalação elétrica de baixa e média tensão. O que o setor tem feito em desenvolvimento tecnológico para tornar o sistema mais eficiente? Como tornar ele mais adequado às práticas ESG? Como aplicar a Internet das Coisas (IoT) no setor elétrico industrial? Questões como essas serão respondidas em uma programação rica que integra palestras e painéis de debates.
O Engenheiro Eletricista Meneghetto Alberti, da Engerey, ministrará palestra sobre a aplicação de ferramentas de Internet das Coisas (IoT) em painéis elétricos de média tensão, que contém modernos sensores que permitem acessá-los em tempo real e até mesmo prever possíveis falhas, garantindo continuidade no fornecimento de energia. Intitulados SM6, esses painéis também garantem maior segurança por contarem com dispositivos de proteção à vida e ao patrimônio.
Um dos principais tópicos em debate será a aplicação desse sistema no setor elétrico industrial. “Essa tecnologia está transformando as fábricas ao proporcionar conectividade de operação às máquinas, promovendo aumento da produtividade e melhorando a segurança dos trabalhadores, além de otimizar a eficiência energética, possibilitando melhorias significativas nos processos industriais”, diz Alberti.
Segundo Alberti, o Painel SM6, fabricado no Brasil pela Engerey e com tecnologia francesa da Schneider Electric, mitiga em 45% os riscos de problemas elétricos em uma operação.
“Um painel de média tensão que apresente falhas pode colocar em risco não apenas a operação do local, com a interrupção do serviço por falta de energia, como também colocar em risco os trabalhadores desses locais. Por isso, é importante trabalhar com cubículos certificados e com bastante componentes tecnológicos que atendam às questões ambientais”, diz o engenheiro elétrico.
ESG no Setor Elétrico
Os valores ESG passaram a ser incorporados às estratégias de companhias de sucesso ao redor do planeta. Fato é que, dia após dia, o conceito vem ganhando grande repercussão nos debates do mundo corporativo e gerando impacto nos mais variados setores da economia, assuntos que serão destacados durante o CINASE.
O mercado brasileiro de energia também está se voltando para a incorporação de critérios ESG em suas operações. As tecnologias digitais são fundamentais para a criação de um mundo “mais ESG”, assim como as deeptechs são fundamentais para a transição energética.
“É por meio da Transformação Digital, um dos temas do CINASE, que as companhias são capazes de expandir os processos e implantar as estratégias de ESG com eficiência para a cadeia produtiva, além de permitir que a cadeia de consumo seja vista com mindset digital. Assim, a Digitalização e o ESG passam a “andar juntos” na modernização do setor elétrico: buscar o progresso, sem abrir mão da responsabilidade, tornou-se premissa básica, explica Marco Stoppa, diretor da Reymaster, distribuidora de materiais elétricos de Curitiba e que também estará presente no evento participando de um Painel de Debates sobre o tema.
Palestras sobre esses temas no CINASE:
Dia 04.10, 11h30 às 11h50: os engenheiros da Engerey Painéis Elétricos, Meneghetto Alberti, e Davi Medeiros, da Schneider Electric Brasil, especialista global em gestão de energia e automação, apresentarão palestra sobre “Conectividade em Cubículos SM6 e as Novas Tendências do Mercado de Média Tensão”. Os participantes terão a oportunidade de aprender sobre as inovações nesse campo da indústria elétrica.
Dia 05.10, 8h20 às 9h: acontece o painel de debates com Marco Stoppa, diretor da Reymaster Materiais Elétricos, Rafael Radaskievicz, gerente do Departamento de Manutenção da Companhia Paranaense de Energia (COPEL) e representantes da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), que discutirão tópicos importantes relacionados ao setor elétrico, como as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) e seu impacto no setor industrial no estado do Paraná.
Das 12h05 às 12h45: no mesmo dia, ainda haverá um painel de debates com a participação de Fábio Amaral, CEO da Engerey. Na oportunidade, especialistas do CINASE, abordarão questões críticas relacionadas à gestão de riscos no setor de mitigação elétrica, bem como a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais do setor elétrico.
“O CINASE promete trazer insights valiosos e proporcionar uma oportunidade única para os participantes se manterem atualizados com as últimas tendências e práticas do setor”, avalia Meneghetto Alberti.