Planejar a sucessão patrimonial da família é, acima de tudo, um ato de amor. Trata-se de um gesto de cuidado com as futuras gerações, garantindo que o patrimônio construído ao longo de uma vida de trabalho seja preservado e transmitido da maneira mais eficiente e segura. É, também, uma forma de assegurar que a história e o legado de uma família perdurem. Afinal, ao planejar, estamos criando as condições para que nossas conquistas transcendam o tempo, permitindo que, mesmo após nossa partida, continuemos a cuidar dos que amamos.
Um dos exemplos mais conhecidos que reforçam essa importância é o ditado popular das três gerações: pai rico, filho nobre e neto pobre. Ele resume bem a realidade de muitas famílias que, por falta de um planejamento patrimonial adequado, veem o patrimônio ser diluído ao longo dos anos. O pai constrói, o filho, sem o mesmo esforço, mantém, e o neto, por não entender o valor e a importância da preservação, acaba perdendo tudo. Sem uma estratégia eficaz, o patrimônio de uma geração pode simplesmente desaparecer na seguinte, seja por má gestão, disputas familiares ou custos elevados com inventários e tributações.
É neste ponto que o planejamento patrimonial familiar e sucessório, especialmente por meio da criação de um sistema de holding familiar, se mostra como uma verdadeira luz no fim do túnel. A holding permite organizar e proteger os bens da família, facilitando a sucessão e evitando o temido processo de inventário, que pode ser longo, caro e desgastante. Além de proporcionar uma gestão mais eficiente, a holding permite que o patrimônio seja distribuído em vida, de maneira planejada, evitando disputas futuras e preservando o legado da família.
Outro fator importante a ser considerado é o impacto das mudanças tributárias que estão por vir.
Com a reforma tributária, todos os estados serão obrigados a cobrar o ITCMD de forma progressiva, alcançando até o teto de 8%. Atualmente, muitos estados praticam alíquotas menores, como o Paraná, que tem um máximo de 4%, ou seja, com a reforma essa cobrança poderá dobrar os custos para herdeiros. Além disso, há projetos no Senado para elevar esse teto para até 16%, com estados pleiteando um aumento ainda maior, de até 21%.
Com o aumento progressivo das alíquotas, o planejamento sucessório se torna uma necessidade urgente. Não basta apenas acumular riqueza, é preciso pensar na melhor forma de preservá-la e transmiti-la. Sem um planejamento estruturado, as famílias podem enfrentar altos custos com tributos, além de processos judiciais demorados e desgastantes.
Diante desse cenário, a holding familiar surge como uma solução eficaz para proteger o patrimônio contra os efeitos da reforma tributária, permitindo que a sucessão seja feita de forma planejada, minimizando o impacto financeiro sobre os herdeiros. Com a iminência de um aumento na tributação de heranças e doações, é essencial estar preparado, garantindo que seus bens sejam transmitidos da maneira mais eficiente e econômica possível.
Portanto, planejar a sucessão não é apenas uma questão fiscal, mas uma atitude de proteção e perpetuação do legado familiar. Ao criar uma holding e organizar a sucessão de forma consciente, você está, em última instância, assegurando que o fruto do seu trabalho continue beneficiando as futuras gerações.
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