REINALDO SILVA
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O Plano de Mobilidade Urbana do Município de Paranavaí estabelece uma meta importante: reduzir em 30% as ocorrências de trânsito e, consequentemente, o número de feridos e mortos. O prazo definido no projeto é de 10 anos e tem como ponto de partida a deliberação da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca diminuir pela metade as lesões e os óbitos causados por acidentes no mundo inteiro.
O texto assinado pelo prefeito de Paranavaí em exercício, Pedro Baraldi, foi encaminhado este mês à Câmara de Vereadores e aguarda análise jurídica do Legislativo. Concluído o parecer, seguirá para as comissões pertinentes e, então, chegará à votação em plenário.
São apresentadas diretrizes para curto, médio e longo prazos, abrangendo 15 temas considerados fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas, por exemplo, hierarquização viária, educação no trânsito, fiscalização, segurança e redução de acidentes, melhorias e incentivo para pedestres, transporte público e estacionamento rotativo.
A ideia do plano de mobilidade urbana é proporcionar uma integração com projetos setoriais de habilitação, saneamento básico e gestão do uso do solo, itens listados em documentos como o Plano Diretor. Terão prioridade os modos de transporte não motorizados e os serviços de transporte público coletivo, com mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade.
Dentro da perspectiva de avanços, também se faz necessário estimular a mudança de comportamento dos usuários das vias públicas. Em recente entrevista ao Diário do Noroeste, o secretário de Proteção à Vida, Patrimônio Público e Trânsito, Matheus Buchner, falou sobre respeito às leis, às sinalizações, aos limites de velocidade. “A conduta proibida põe em risco a própria vida e a das outras pessoas.”
Buchner destacou outro fator de risco, a embriaguez ao volante. A regra é “não conduzir se ingerir bebida alcoólica”. Lembrou que um dos efeitos do álcool é o retardamento do tempo de reação dos motoristas, o que compromete a realização de manobras simples que poderiam salvar vidas, por exemplo, frear ou desviar de um obstáculo.
Recentemente, o 8º Batalhão de Polícia Militar fez um levantamento dos acidentes registrados desde o início do ano. De 1º de janeiro a 15 de agosto, foram 586 boletins de ocorrência, sendo 285 com vítimas e 301 sem feridos. Mais de 1.100 pessoas envolvidas. Uma pessoa morreu no local.
A realidade é parecida com a de 2021. Então, de 1º de janeiro a 31 de agosto, os acidentes com vítimas somaram 331. Houve uma pequena queda, mas não é um número tão distante em relação ao ano passado, considerando a diferença de 16 dias entre os registros de 2021 e 2022.