(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:
Acidentes custam vidas humanas e muito recursos públicos
Foto: Detran/Divulgação
Acidentes custam vidas humanas e muito recursos públicos Foto: Detran/Divulgação

SEGURANÇA

Plano Estadual de Segurança no Trânsito quer reduzir 50% das mortes nas vias e rodovias do Paraná

Custo médio por sinistro é de aproximadamente R$ 107 mil, enquanto o custo médio com feridos chega a R$ 159 mil e, nos casos com óbitos, fica em torno de R$ 1 milhão

Com um índice de mortes de 21,7 por 100 mil habitantes (2020) e taxa de motorização com crescimento de 51,2% na frota ativa (2010 a 2024), o Governo do Paraná através do Departamento de Trânsito – Detran-PR finalizou a elaboração do Plano Estadual de Segurança no Trânsito – PETRANS 2025-2030. Com um Grupo de Trabalho, o GT PNATRANS-PR, que reúne 35 entidades entre secretarias estaduais, entidades públicas e representantes da sociedade civil organizada, o objetivo é fortalecer a implementação das políticas de segurança viária e promover mobilidade sustentável no Estado, oferecendo uma ferramenta robusta para o monitoramento e a avaliação contínua das ações.

Após cerca de dois anos de extenso processo de construção, coordenado pelo Detran-PR, o plano foi aprovado pelo Grupo Técnico Interinstitucional na última semana de junho e segue para análise e aprovação da Casa Civil do Estado e demais órgãos competentes, para então ter seu lançamento oficial.

A meta global é a redução em 50% do índice de mortes no trânsito por 100 mil habitantes até 2030, tomando como base o ano de 2020, com projeção de que o número caia para 10,8 dentro dos próximos cinco anos. Para isso, o PETRANS estabelece um conjunto de ações estratégicas que englobam desde melhorias na infraestrutura viária e fiscalização mais eficiente, até ações de educação e fortalecimento da governança no setor, totalizando 30 metas específicas e 115 ações previstas.

De acordo com o Presidente do Detran-PR e Secretário Executivo do Grupo Técnico Interinstitucional do PNATRANS-PR, Santin Roveda, o plano representa o compromisso do Paraná com os seus cidadãos. “Não há progresso possível sem garantir o direito de cada paranaense de ir e vir com segurança. Apesar da complexidade e dos desafios, o plano é um marco que reforça o papel de liderança do Estado nas políticas de segurança viária”, disse.

O Paraná foi o primeiro Estado a assinar a adesão ao Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS, em 2021, e é o primeiro a formar um grupo técnico dedicado à sua implementação local. “A construção coletiva do PETRANS-PR mostra que estamos tratando a segurança viária com a seriedade e o comprometimento que ela exige. Não é apenas um plano, mas uma política pública permanente em defesa da vida”, reforça Santin Roveda.

O PETRANS-PR 2025-2030 também deve contribuir para o alcance das metas do PNATRANS, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS 3.6 e da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) no Paraná. Com base nos princípios da Visão Zero — estratégia pioneira na Suécia que considera inaceitável qualquer morte no trânsito — ele parte do entendimento de que segurança viária é um direito de todos e dever do Estado garanti-la. Por isso, propõe uma perspectiva sistêmica com mudança de paradigma em relação à abordagem tradicional, utilizando uma nova forma de pensar segurança viária baseada em sistemas seguros, conforme a tabela abaixo.

Diagnóstico – Os trabalhos de pesquisa para a elaboração do PETRANS chegaram a um diagnóstico aprofundado da realidade do trânsito no Paraná. Dados apontam que, entre 2010 e 2024, a taxa de motorização no Estado saltou de 48 para 73 veículos por 100 habitantes, um crescimento de 51,2% na frota ativa. No mesmo período, houve queda de 24% na emissão de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs), com destaque para o crescimento de 54,3% no número de habilitações femininas por 100 mil habitantes.

Também é destaque a alta taxa de mortalidade no conjunto de municípios com menos de 20 mil habitantes, que representam 21% da população estadual, concentrando 29% das mortes por lesões de trânsito no ano de 2023. Já municípios com mais de 100 mil moradores abarcam 55% da população estadual e 42% dos óbitos por lesões de trânsito. As faixas etárias mais afetadas são jovens entre 20 e 29 anos (21% das mortes em 2023) e idosos com 60 anos ou mais.

Conforme as médias consolidadas entre rodovias estaduais e federais, o custo médio por sinistro é de aproximadamente R$ 107 mil, enquanto o custo médio com feridos chega a R$ 159 mil e, nos casos com óbitos, fica em torno de R$ 1 milhão.

Em 2023, as lesões de trânsito geraram um custo de mais de R$ 20 milhões em internações no Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná. Já em 2024, o valor ficou acima de 18 milhões, dos quais mais de R$ 10 milhões foram de internações por lesões de trânsito envolvendo motocicletas.

Compartilhe: