REINALDO SILVA
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“Prevenir é a melhor opção.” A frase estampa o material distribuído na unidade da Polícia Científica de Paranavaí e se refere aos cuidados para evitar a dengue. O panfleto tem uma série de orientações, atitudes simples que devem ser adotadas no dia a dia pelos moradores.
Seguem alguns exemplos:
Mantenha bem tampados caixas, tonéis e barris de água.
Tire as folhas da calha e não deixa água em lajes.
Esvazie garrafas, potes e vasos e amarre bem os sacos de lixo.
Mantenha pneus em área coberta até o descarte.
Além dos cuidados com a remoção de recipientes que possam se transformar em criadouros de mosquitos, há outras dicas, como usar telas nas janelas e aplicar repelentes.
A campanha da Polícia Científica é providencial. Paranavaí e outros municípios da Região Noroeste enfrentam epidemia de dengue. Até a última atualização da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgada na semana passada, seis pessoas morreram por complicações causadas pela doença. O número leva em conta o período epidemiológico iniciado em 31 de julho de 2023.
Chefe da Polícia Científica de Paranavaí, Antonio Marcos Boeing Costa informa que todas as pessoas atendidas no local recebem o material gráfico e saem com o compromisso de contribuir para conter o avanço da doença. Vale para quem sofreu algum tipo de violência e para familiares de vítimas fatais.
ESTRUTURA
Instalada em Paranavaí há aproximadamente três anos, a Polícia Científica concentra os serviços do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC). O funcionamento integrado garante celeridade aos trabalhos prestados em 39 municípios da Região Noroeste.
Além da unidade central em Paranavaí, há dois postos avançados de remoção, um em Loanda, outro em Cianorte.
Entre médicos legistas, peritos criminais, técnicos de perícia e técnicos de remoção, a Polícia Científica conta com uma equipe de mais de 20 profissionais. Em média, fazem 200 atendimentos mensais.
O chefe Antonio Marcos Boeing Costa explica que as análises são necessárias em casos de mortes violentas – homicídios, suicídios ou acidentes de trânsito. A Polícia Científica reúne todos os vestígios a fim de materializar a cena e descobrir como se deu o fato.
No caso de um acidente de trânsito, a equipe de campo verifica o ponto de impacto, a velocidade do veículo, o local da morte. Na avaliação do corpo da vítima, buscam-se marcas e ferimentos, além de possíveis substâncias presentes no sangue, como álcool ou drogas ilícitas.
O prédio em Paranavaí é dividido em salas de atendimento e laboratórios de análise, onde são feitos testes balísticos, exames de corpo de delito e necropsias, para citar alguns exemplos. Há também um ambiente exclusivo para receber crianças vítimas de violência, acolhidas por profissionais capacitadas com abordagens direcionadas ao público infantil.