Há anos o Noroeste, com suas prainhas de água doce, se tornou rota obrigatória do turismo paranaense. Cidades como Porto Rico, São Pedro do Paraná (Porto São José) e Marilena são pontos turísticos e atraem milhares de pessoas durante todo o ano, mas especialmente no verão, quando os visitantes aproveitam as prainhas naturais.
Porém, na última semana a Usina Hidrelétrica de Porto Primavera Engenheiro Sérgio Motta, em Rosana, na divisa com Paraná, abriu suas comportas após determinação do ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico. Desta maneira as prainhas praticamente desapareceram após as águas do Rio Paraná subirem quase três metros acima do normal nesta semana.
Segundo a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), o processo iniciou no dia 18 de janeiro. A ação ocorre após uma determinação do ONS). A vazão, conforme o órgão, é de 10.500 metros cúbicos por segundo. Conforme a companhia, a abertura das comportas é uma operação normal para a regularização e controle do nível do reservatório de água, ou seja, do represamento do Rio Paraná. A água é liberada de forma gradativa. A barragem é a mais extensa do Brasil, com mais de 10 quilômetros de comprimento, e liga o estado de São Paulo ao Mato Grosso do Sul.
Impactos – Por causa das cheias, a prainha de Santa Rosa em Porto Rico, uma das mais famosas e frequentadas pelos banhistas, ficou apenas com uma pequena faixa de areia à disposição dos banhistas.
Outro local que também sofreu impacto foi a prainha do Porto São José, Distrito de São Pedro do Paraná, igualmente tomada pela água. A orientação do Corpo de Bombeiros é redobrar atenção ao tomar banho nos locais.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), as cheias são necessárias para o equilíbrio da fauna e flora e contribuem para a reprodução dos peixes.
