Por Edson Godinho*
Neste setembro de 2021 o cineasta espanhol Pedro Almodóvar completa 72 anos de existência. Dono de uma estética única, com muito vermelho e objetos kitsch, que inspira as artes e o mundo da moda.
Almodóvar nasceu em 25 de setembro de 1949 no povoado de Calzada de Calatrava, mas foi em Madrid que fez sua história.
Nos anos 70, em meio ao regime absolutista do General Francisco Franco, Almodóvar começou a produzir uma série de filmes no formato super 8.
Com o fim do franquismo, surgiu na Espanha dos anos 80 o movimento de contracultura “La Movida Madrileña”, com a premissa de liberdade sexual e de expressão. Entre tantos nomes que formaram o movimento, Almodóvar acabou por se transformar no farol da Movida.
Nos anos 80, Pedro trabalhava na Telefônica da Espanha e escrevia para publicações alternativas como: “La Luna” e “Madrix”. Nessa época também era conhecido como o Andy Warhol Madrileño.
Não demorou muito para o libriano ganhar destaque no circuito dos modernos de Madrid. Seu primeiro longa-metragem “Pepe, Luci e Bom”, de 1980, feito com muito esforço e financiamento coletivo – visionário – foi um sucesso nesse circuito.
Em 1982, Pedro lança seu segundo longa, “Labirinto de Paixões”, filme patrocinado por uma sala de cinema, tal o sucesso de sua produção anterior.
Nos anos seguintes Almodóvar produziu outros filmes de repercussão na Espanha, e começou a causar frisson em outros países. Em 1987, lança “A Lei do Desejo”, filme que fala sobre o exercício do fazer cinema. Os personagens centrais da trama são um diretor de cinema gay – uma autocitação – e sua irmã transexual. Deste filme, nasce a “El Deseo”, produtora cinematográfica de Almodóvar.
Mas é em 1988 que o mundo passa a conhecer Pedro Almodóvar por meio do filme “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, indicado em 1989 ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
No próximo capítulo desta história, caro leitor, você irá saber um pouco mais sobre o cinema de Pedro Almodóvar. Até a semana que vem.