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CONGRESSO

Precisamos de recursos federais para tirar as santas casas da UTI, diz Arrais

A lei que instituiu o Piso Nacional da Enfermagem aumentará em mais R$ 6,3 bilhões por ano os custos dos 1.824 hospitais filantrópicos espalhados pelo Brasil. A informação é do diretor-geral da Santa Casa de Paranavaí e vice-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná (Femipa), que está em Brasília participando de um Congresso da CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos). Segundo ele, a lei do piso salarial da enfermagem, aprovada e sancionada sem indicar fonte de financiamento para cumprimento da nova obrigação, é um dos principais temas do Congresso.

“Sem uma ajuda extra, a situação vai se complicar”, disse ele nesta terça-feira (23). “Precisamos conseguir algum recurso da União para nos tirar do oxigênio e ir para o quarto. Nós estamos na UTI”, complementou ele.

Arrais tem repetido que as santas casas reconhecem o valor e a importância da enfermagem nos hospitais e que jamais se posicionaram contra o valor do piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. “O que buscamos são os recursos necessários para honrar este compromisso”, acrescenta.

O diretor da Santa Casa de Paranavaí lembra que a situação dos hospitais filantrópicos já era de grande dificuldade pela falta de recursos e defasagem de 20 anos da tabela de remuneração do SUS (Sistema Único de Saúde), que foi agravada com a pandemia. No Paraná, o piso salarial da enfermagem terá um impacto de R$ 498,7 milhões. Este incremento significa um crescimento de mais de 83% nas despesas das santas casas e hospitais filantrópicos do Estado.

Na Santa Casa de Paranavaí o impacto na folha de pagamento será de mais de R$ 960 mil mais as obrigações trabalhistas. Se contar 13º salário e férias, o impacto chega a R$ 1,2 milhão. Além disso, haverá também uma espécie de efeito cascata. “Com o piso salarial, um técnico de enfermagem vai ganhar mais que um encarregado de setor. Teríamos que rever isso também”, lembrou o gestor do hospital. “A questão da enfermagem está exercendo grande pressão sobre os hospitais. Estamos num sufoco e precisamos de recursos da União para evitar fechamento de hospitais ou redução de atendimento ao SUS”, arremata Arrais.

Da esquerda para a direita: Wanderley Roque Rosa (diretor de Unidade do Hospital do Câncer UOPECCAN), Ciro Kreuz (presidente do Conselho Superior do UOPECCAN, Lucinéia Scheffer (superintendente da Santa Casa de Campo Mourão; Mirocles Véras (presidente da CMB), Charles London, presidente da Femipa), Héraclkes Arrais (Santa casa de Paranavaí) e Paulo Becker (consultor da Femipa)
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