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Pelo menos 100 árvores caíram durante o vendaval que atingiu a cidade na noite de sábado
Foto: Ivan Fuquini
Pelo menos 100 árvores caíram durante o vendaval que atingiu a cidade na noite de sábado Foto: Ivan Fuquini

PARANAVAÍ

Prejuízos causados pelo temporal levam Prefeitura a elaborar de decreto de situação de emergência

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

Antes de contratar empresas para a execução de obras, o poder público deve cumprir uma série de trâmites burocráticos que podem se estender por meses. Em situações excepcionais, é possível adiantar algumas etapas e acelerar o processo de investimentos. Nesta quarta-feira (27), a Prefeitura de Paranavaí deverá publicar o decreto de situação de emergência e permite contratar serviços com dispensa de licitação para reparar os danos causados pelo temporal que atingiu a cidade na noite de sábado (23). O objetivo é dar celeridade, afirmou o prefeito em exercício, Pedro Baraldi.

Conforme levantamento preliminar, até a tarde de ontem tinham sido identificadas 40 árvores caídas sobre a rede elétrica e 60 em vias públicas. Equipes da Prefeitura de Paranavaí seguem fazendo a remoção de trocos e galhos em diferentes pontos da cidade, para liberar o trânsito em ruas e avenidas. Paralelamente, técnicos da Copel trabalham para restabelecer o fornecimento de energia. Sem luz, estações de produção e distribuição de água também paralisaram e muitas unidades consumidoras permaneciam desabastecidas.

Defesa Civil – Em reunião realizada na tarde de ontem, integrantes da Comissão Municipal de Defesa Civil conversaram sobre esses e outros prejuízos deixados pelos fortes ventos e pela chuva de granizo no fim de semana. O coordenador regional da Defesa Civil do Paraná, Jardel Pereira dos Santos, comandante do 9º Subgrupamento de Bombeiros Independente (9º SGBI), comparou a gravidade do episódio ao temporal que atingiu a cidade em 2007, com volume intenso de chuva e ventania. Mais de 100 árvores caíram e o asfalto foi arrancado pela força da enxurrada em diferentes ruas e avenidas.

Havia, então, uma diferença importante em relação ao último sábado: lideranças não demoraram para se reunir e traçar estratégias de assistência imediata à comunidade. Representantes de secretarias municipais, das forças de segurança e de outras entidades rumaram para o quartel do Corpo de Bombeiros e definiram as ações. “Conseguimos dividir os trabalhos com mais eficiência, reunimos materiais e equipamentos”, contou Jardel Pereira dos Santos. Desta vez, os atendimentos aconteceram de forma independente, sem que houvesse diretrizes unificadas. Como 14 anos atrás, a sede do 9º SGBI será o ponto de referência em eventuais cenários de desastre.

Sanepar – Até a tarde de ontem, os sistemas de abastecimento de água na Vila Rural Água Dourada e nos distritos de Graciosa e Mandiocaba estavam comprometidos, todos pela falta de energia elétrica, informou o gerente regional da Sanepar, Heterley Ubaldo. Também foram afetados os municípios de Paranacity, Santo Antônio do Caiuá, Nova Londrina, Amaporã e Guairaçá (que teve o fornecimento de água restabelecido ontem). O distrito de Icatu, no município de Querência do Norte, apresentou falta temporária de água. A alternativa para garantir acesso a água potável em alguns desses lugares foi o uso de caminhões-pipas.

Escolas municipais – A secretária de Educação de Paranavaí, Adélia Paixão, informou que dos 33 estabelecimentos de ensino, 24 tiveram danos causados pelo temporal de sábado. Durante a reunião da Comissão Municipal de Defesa Civil, ela informou que apenas três escolas mantiveram atendimento integral na segunda-feira. Mesmo a sede da secretaria municipal funcionou parcialmente.

Indústria e comércio – De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Carlos Emanuel Rodrigues, os relatos dão conta da paralisação de produção industrial nos distritos por falta de energia elétrica e água. Já os lojistas estão em situação mais confortável, todos sendo devidamente assistidos, disse o gerente-executivo da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), Carlos Henrique Scarabelli.

Área rural – Ainda não foi possível calcular os prejuízos, mas o secretário municipal de Agricultura, Tarcísio Barbosa, foi enfático ao afirmar que o campo, da mesma forma que a área urbana, acumula perdas enormes. Citou árvores caídas e barracões destruídos pela força do vento. Segundo ele, as informações sobre os efeitos do temporal continuam chegando com frequência.

Simepar – No sábado, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), as rajadas de vento atingiram velocidade de 72,2 quilômetros por hora em Paranavaí e o volume de chuva chegou a 42,6 milímetros. No domingo, foram mais 15,2 milímetros. A precipitação acumulada no período de 1º a 25 de outubro é estimada em 250 milímetros, ultrapassando a média histórica para o mês, 150 milímetros. Existe previsão de chuva para quarta-feira (27), mas serão pancadas irregulares. O céu ficará parcialmente nublado.

Comissão Municipal de Defesa Civil avaliou o cenário e confirmou a necessidade de decretar situação de emergência o quanto antes
Foto: Ivan Fuquini
Em alguns lugares, a Sanepar está utilizando caminhão-pipa para garantir abastecimento de água aos moradores
Foto: Sanepar
Jardel Pereira dos Santos falou da necessidade de unificar as ações de socorro em casos como o do final de semana
Foto: Ivan Fuquini
Pedro Baraldi destacou que o objetivo é agilizar o atendimento à vítimas e recuperar os danos em prédios públicos
Foto: Ivan Fuquini
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