Edson Vasconcellos concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira e argumentou que fortalecer as redes de distribuição é essencial para aumentar a produtividade
REINALDO SILVA
Da Redação
A capacidade energética do Paraná é insuficiente para atender as demandas da indústria e as perspectivas de crescimento do setor. Sem o suporte adequado, não é possível investir em tecnologia e automatização, aspectos preponderantes para o aumento da produtividade.
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A análise é do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Vasconcellos, que concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (20), durante a apresentação dos resultados da Sondagem Industrial 2024-2025. A participação dos jornalistas se deu de forma híbrida, presencialmente e a distância.
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Foto: Fiep
O questionamento sobre a capacidade energética partiu do Diário do Noroeste e levou em conta as constantes oscilações e quedas registradas na região a partir de meados de 2023, problema que afetou a capacidade produtiva não apenas da indústria, mas também da agricultura, da pecuária, do comércio e dos serviços.
À época, empresários e produtores rurais se mobilizaram para cobrar soluções rápidas. Em fevereiro de 2024, um grupo da Região Noroeste esteve com o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, para tratar sobre o tema.
O presidente da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar), Demerval Silvestre, afirmou que desde a audiência com o presidente da Copel, as falhas no fornecimento reduziram significativamente.
Voltando à coletiva de imprensa desta quinta-feira, o presidente da Fiep lembrou que a entidade teve participação ativa nesse debate e somou forças com a Copel a fim de identificar as necessidades e apresentar respostas ao setor industrial. Da parceria surgiu uma ideia: elaborar o Mapa Energético do Paraná.
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Foto: Arquivo DN
O levantamento é voltado a usuários de energia elétrica do Grupo A, aqueles com sistemas de média e alta tensão. Os empresários têm até 28 de fevereiro para preencher o questionário e fornecer informações que permitirão respostas para cada unidade consumidora.
O Mapa Energético deverá ser concluído em junho deste ano. O trabalho possibilitará traçar metas de investimento e garantir maior segurança e competitividade para as indústrias paranaenses.
Em resposta ao Diário do Noroeste, a Copel informou que “segue implementando ações de investimentos permanentes”. Em 2025, a empresa prevê a aplicação de R$ 473 milhões na Região Noroeste, recursos voltados ao fortalecimento do sistema de distribuição que atende diretamente o cliente.
Desse total, R$ 297 milhões se destinam à construção de seis novas subestações e à ampliação de outras 19 unidades. Há ainda a aplicação de R$176 milhões no reforço e na expansão das redes de média tensão, para o atendimento aos consumidores finais.