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BRASIL-PARAGUAI

Pressão para encantar sem expor promessas é desafio atual da seleção

GABRIEL CARNEIRO E IGOR SIQUEIRA

DA UOL/FOLHAPRESS

Uma das discussões recorrentes entre torcedores e também no ambiente da mídia esportiva é sobre a capacidade da seleção brasileira de gerar encantamento, sobre a busca pelo ideal subjetivo de futebol bonito em ano de Copa do Mundo.

Apesar da classificação antecipada para o Qatar e da possibilidade de melhor campanha da história das Eliminatórias neste formato, etapa pela qual o Brasil enfrenta o Paraguai às 21h30 desta terça-feira (1º), no Mineirão, o time dirigido por Tite não é unanimidade em termos de aceitação pública.

Essa pressão para encantar é administrada com cuidado dentro da comissão técnica. Ao mesmo tempo em que é um objetivo perseguido internamente, também é motivo para Tite se armar e criar discurso em defesa do próprio trabalho. Embora a seleção tenha perdido a Copa América 2021, a caminhada nas Eliminatórias tem 11 vitórias e 3 empates, melhor ataque e melhor defesa.

Ainda há um elemento pouco levado em conta, mas que faz parte das reflexões e posicionamentos públicos de pessoas que trabalham na seleção, segundo ouviu a reportagem: não colocar responsabilidade demais sobre os ombros dos jogadores que personificam esse ideal de futebol bonito.

Num ciclo de Copa do Mundo em que a principal estrela do time foi desfalque em quase metade dos jogos, a atenção fica voltada para quem possa dividir esse protagonismo ofensivo com Neymar e proporcionar lances de encantamento, como dribles e jogadas individuais.

Na Copa América de 2019, o cara da ocasião foi Everton Cebolinha. No ano passado, Raphinha chegou com tudo e roubou os holofotes. Agora a missão parece ser de Vinicius Júnior, destaque do Real Madrid.

Cebolinha sumiu, ficou fora das últimas quatro convocações. Raphinha é titular, mas o nível de desempenho caiu nas últimas apresentações depois de um início fulminante. Já Vinicius Júnior está emendando uma sequência de jogos agora -ainda sem uma atuação estrondosa, apesar da lambreta diante da Argentina.

Em comum entre todos os casos, há o pedido de paciência de Tite em relação às altas expectativas criadas sobre os candidatos a protagonista. Nos bastidores da seleção e também em seus posicionamentos públicos, o treinador trabalha para segurar a empolgação, controlar o sentimento de que jogadores tão jovens podem assumir a responsabilidade de ser referências técnicas da equipe.

“Temos que ter muito cuidado em relação ao atleta jovem, calma com expectativas exageradas. E falo de uma forma de um profissional já experiente e que já passou por ‘n’ situações de ver que esses atletas jovens às vezes oscilam”, disse Tite no dia da convocação, no começo do mês.

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