(44) 3421-4050 / (44) 99177-4050

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Mais notícias...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Compartilhe:

PRIMEIRO TRIMESTRE

PRF registra crescimento de 60% no número de mortos em acidentes na Região Noroeste

Dados da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Maringá apontam as ocorrências mais comuns e identificam os dias e horários de maior incidência

REINALDO SILVA

Da Redação

A comparação entre o primeiro trimestre de 2025 e o período correspondente do ano anterior revela um cenário preocupante: o número de mortes em acidentes nas rodovias federais do Noroeste do Paraná cresceu 60%, passando de 10 para 16.

Os dados são da Delegacia Regional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), situada em Maringá, e levam em conta uma área que abrange 30 municípios, com unidades operacionais em Alto Paraná, Campo Mourão e Mandaguari.

Os registros de janeiro a março deste ano apontam 149 acidentes, ou seja, 9,55% a mais do que nos três primeiros meses do ano passado, 136.  Em relação aos feridos, a elevação ficou perto de 8%: foram 172 em 2024 e 185 em 2025.

A PRF está diante de “um desafio muito grande”, avaliou o inspetor-chefe regional, Pedro Faria, que identificou os dias com mais ocorrências, nesta ordem, sábado, sexta-feira e domingo, frequentemente das 19h às 21h.

Pedro Faria afirma que tornar o tráfego rodoviário mais seguro é um grande desafio
Foto: Gustavo Romano

As colisões traseiras figuram no topo da lista dos tipos de acidentes. “São causadas pela desatenção dos condutores”, assegurou Faria. E o que distrai os motoristas? Via de regra, o uso de dispositivos móveis, como o telefone celular. A diferença entre a vida e a morte pode estar na escolha entre verificar ou não a notificação ou atender ou não a ligação.

Se a resposta ao chamado for indispensável, a orientação de Faria é parar o veículo, mas sem perder de vista o que o Código Brasileiro de Trânsito especifica: o acostamento rodoviário só deve ser utilizado em casos de emergência.

As colisões frontais também requerem atenção. De acordo com o inspetor-chefe da PRF, esse tipo de acidente é mais comum durante as ultrapassagens em trechos de pista simples, caso da BR-376 entre Paranavaí e Nova Londrina.

Unidade operacional da PRF em Alto Paraná é ponto de apoio para operações em toda a região
Foto: Gustavo Romano

Orientações

O inspetor-chefe da PRF na região fez orientações para os usuários das rodovias em casos de acidentes. Primeiramente é preciso eliminar riscos de novos acidentes. Saia do veículo e se posicione em um local seguro, longe do tráfego e de eventual incêndio. Sinalize o ponto com o triângulo, equipamento obrigatório, para que os motoristas tomem medidas de segurança. Entre em contato com órgãos de socorro: para a PRF, ligue 191; para o Samu, 192; e para o Corpo de Bombeiros, 193.

Mais segurança

O levantamento da PRF acendeu o sinal de alerta da Sociedade Civil Organizada do Paraná (Socipar) e da Associação dos Advogados do Noroeste do Paraná (Advog).

Sob o argumento de que é necessário reforçar a segurança nas rodovias da região, as duas entidades endereçaram ofício ao Ministério da Justiça e Segurança Pública pedindo a nomeação de novos policiais rodoviários federais.

O entendimento é que ampliar o efetivo tornaria possível incrementar as operações preventivas e, assim, reduzir o volume de acidentes, ferimentos e mortes. Os impactos positivos também seriam percebidos nas ações de combate ao crime organizado.

A Advog escreveu: “Esse reforço é essencial para ampliar a capacidade operacional da Delegacia de Maringá, tornando-a mais eficiente no enfrentamento à criminalidade e contribuindo para a redução dos índices de violência, tanto na região quanto em outros estados impactados pelo tráfico e pelo crime organizado”.

A Socipar destacou o papel dos policiais rodoviários federais, que “desempenham um trabalho exemplar no combate ao tráfico de entorpecentes e outros crimes, atuando em uma região estratégica”, na divisa com São Paulo e Mato Grosso do Sul e na fronteira com o Paraguai.

Compartilhe: