Seja para os pais com filhos que vão entrar na escola pela primeira vez, seja para aqueles que optaram por mudanças de uma instituição para outra, o início do ano letivo pode ser um momento desafiador e requer um cuidado especial para pais e filhos.
Na hora de escolher a escola, além da qualidade do ensino e dos valores da instituição, também entram na conta, em grandes cidades, principalmente, aspectos que afetam o cotidiano da família, como localização e horários de atividades curriculares e extras. Considerando esses pontos, Lucas Seco, diretor do Colégio Anglo Chácara Santo Antônio, reflete sobre o que vem sendo prioridade das famílias na hora da escolha de uma nova escola e sobre os pontos que tem sido fundamentais para a tomada de decisão.
Com base no seu contato com familiares e responsáveis dos alunos, Seco destaca o preço, a distância entre casa e escola, e a proposta pedagógica como principais critérios que influenciam na decisão. Ele também ressalta a importância de se analisar os horários que cada instituição oferece.
“As famílias estão cada vez mais atentas em vantagem extras oferecidas pela escola, como sistemas bilíngues, aparatos tecnológicos e metodologias ativas, e consideram esses fatores determinantes no processo decisório”, comenta.
Escolhi a escola, e agora? A fase da escolha já passou: você já pesquisou bastante, visitou diversas instituições e está seguro de qual será a próxima escola da família. No entanto, agora é hora da adaptação. Como lidar com seus desafios e oportunidades da melhor maneira possível?
Mais do que um local para ensinar e aprender, a escola faz parte da rotina das crianças e adolescentes. É um ambiente no qual eles passam inúmeras horas e um dos principais espaços de convivência e de desenvolvimento de habilidades sociais. A escola é feita de e por pessoas.
Sendo assim, a questão das emoções não pode ficar de fora. E desde o marco da pandemia de Covid-19, muitas coisas mudaram. Instituições tiveram de fazer mudanças em prol de uma educação mais humanizada e constante comunicação.
“É necessário ter paciência para que cada aluno se desenvolva no próprio tempo. Não podemos tomar as dificuldades como imaturidade da criança, mas como uma falta de oportunidade para o desenvolvimento dessa socialização”, afirma o gestor.
Lucas Seco complementa que os pais e professores são agentes importantes neste processo de readaptação social ao fornecerem modelos comportamentais para relações sociais e mediarem relações estabelecidas entre as crianças, sinalizando aquilo que é adequado ou não, além de incentivarem uma maior autonomia social dos pequenos, favorecendo, assim, novas relações.
Educadores como rede de apoio – Entendemos que a aprendizagem passa pelo desejo de aprender. Por isso, é necessário mobilizar o aluno através de interações para que ele possa se motivar. Em um contexto geral voltado aos educadores, é preciso garantir a compreensão sobre a diferença entre trabalhar com um currículo voltado para objetos de conhecimento e para habilidades, ou seja, que ele tenha o domínio do que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assim como faz o Colégio Anglo Chácara Santo Antônio que possui uma grade curricular do Ensino Médio atualizada de acordo com as exigências da BNCC.
“Para o educador, é importante ter um olhar mais atento pois isso pode ajudar a dar um acolhimento melhor. Ou seja, além de ações pensadas a longo prazo e que demandam maior envolvimento e estrutura, acolher o corpo docente – e os estudantes – pode ter início em atitudes pontuais, feitas com intenção”, explica Lucas
Reforçar os aspectos positivos da nova fase – Depois de iniciar no novo colégio, a próxima etapa decisiva para a adaptação escolar é a demonstração de interesse na rotina da criança.
“Mesmo conhecendo muito bem o filho, muitas vezes não conseguimos dimensionar o quanto seus amigos, professores e o ambiente escolar anterior, por exemplo, eram importantes na sua vida. É muito difícil ser tirado de um grupo e colocado em outro em que você não conhece nada ou ninguém. Por isso, enfatize como é precioso e gratificante fazer novas amizades, conhecer lugares novos e aprender coisas inéditas”, finaliza o diretor.
A união entre família, escola e professores é a base para um ano letivo de sucesso.