O Dia das Mães, celebrado no segundo domingo de maio, é uma data historicamente ligada às flores, e entre elas a preferência fica com a rosa. No Paraná, essa espécie foi explorada comercialmente em dez municípios durante o ano de 2022, último levantamento publicado, dos quais se extraiu 285,9 mil dúzias que geraram R$ 3,8 milhões. A produção de rosas para corte registra aumento no Estado nos últimos dez anos. O volume de 2022 representa 96% a mais que o de 2013 (com 146 mil dúzias), ou seja, praticamente dobrou em uma década.
Às vésperas da data, o Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, analisa a floricultura no Paraná. Também traz informações sobre a safra de grãos, proteínas animais e as perspectivas para o arroz.
“No Paraná, mesmo a floricultura sendo explorada por poucos agricultores, os números indicam o aquecimento do mercado e uma alavancagem dos negócios nas praças em que a atividade está estabelecida”, afirma o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista do setor no Deral.
Em 2022 a floricultura como um todo gerou R$ 224 milhões em Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBPA), com os gramados e plantas perenes dominantes, participando em 76,8% desse total. Se levar em conta apenas as flores, prevalecem as orquídeas, crisântemos e roseiras, com 13% do montante, e o restante dividido entre outras 35 espécies exploradas.
Em relação às roseiras, o município de Araruna, na região Centro-Oeste, foi o destaque com corte de 110 mil dúzias e receita bruta de R$ 1,5 milhão. O segundo lugar ficou com Marialva, de onde saíram 100 mil dúzias.
ARROZ E FEIJÃO
A produção brasileira de arroz para a safra 2023/24 está estimada em 10,5 milhões de toneladas. O Paraná deve contribuir com cerca de 120 mil toneladas. O maior produtor do cereal é o Rio Grande do Sul, com estimadas 7,5 milhões de toneladas.
Diante da tragédia climática que o estado passa, é esperada redução nessa estimativa. No entanto, até a última semana de abril já tinham sido colhidos mais de 80% da área semeada, o que significa que aproximadamente 1,5 milhão de toneladas ainda estavam expostos ao risco.
Mesmo que se configure perda significativa, não deve haver desabastecimento nacional. O Brasil já é um importador do cereal e pode ampliar as compras. Nos últimos três anos entraram no País 1,2 milhão de toneladas, em média, e foram exportados 1,8 milhão de toneladas.
Sobre o feijão, o documento do Deral registra avanço na colheita, que chegou a 34% da área estimada de 402 mil hectares. Com excesso de chuva registrado no Sudoeste, maior região produtora e onde se concentra a maior parte da colheita, observou-se brotamento de grãos ainda na vagem, o que reduz a qualidade do produto.
CARNE BOVINA E SUÍNA
As exportações de carne bovina atingiram 189,9 mil toneladas em março, com preço médio de US$ 4,43 o quilo. As altas exportações ajudam na liquidez e não movimentaram significativamente os preços no mercado interno, que se mantêm moderados desde o início do ano.
Em carne suína, os principais parceiros comerciais do Paraná nos últimos dez anos foram Hong Kong, Uruguai, Cingapura e Argentina. No primeiro trimestre deste ano esses países também lideraram as importações das 32.973 toneladas enviadas para o exterior pelo Estado.
FRANGO E OVOS
O preço nominal médio do frango vivo ao produtor no Paraná alcançou R$ 4,46 o quilo em abril de 2024. O valor representa redução de 2,8% em relação a março, quando ficou em R$ 4,59 o quilo. Se o comparativo for com abril do ano passado, a diminuição é de 8,2%, com o quilo vendido a R$ 4,86 na época.
O boletim do Deral destaca ainda a exportação de ovos no período de janeiro a março de 2024. O Paraná foi o segundo maior exportador com 2.906 toneladas e faturamento de US$ 11,6 milhões, no ranking que tem São Paulo como líder. O Brasil exportou 11.937 toneladas e arrecadou US$ 39,8 milhões.