A produção industrial diminuiu 0,3% em dezembro, após cair 0,7% em novembro, dados com ajuste sazonal. Em 2024, o setor registrou aumento de 3,1%, puxado pela indústria de transformação, que cresceu 3,7%. Esse resultado foi influenciado, sobretudo, pela recuperação das categorias de bens de capital e bens de consumo duráveis, que cresceram 9,1% e 10,6% no ano, respectivamente. Os números são da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp.
Entre os setores, 20 dos 25 ramos pesquisados apresentaram crescimento em 2024. As principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (+12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+12,2%), produtos alimentícios (+1,5%) e produtos químicos (+3,3%). Por outro lado, as atividades de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-2,1%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-1,2%) exerceram as maiores influências negativas.
Contudo, a intensificação do aperto monetário, a piora das condições financeiras e o menor impulso fiscal devem dificultar a continuidade da recuperação do setor. A projeção da Fiesp para o crescimento da produção industrial em 2025 é 1,3%.
RESULTADO NO MÊS – A produção industrial diminuiu 0,3% em dezembro, sem efeitos sazonais. O resultado veio acima da projeção da Fiesp (-1,6%) e da expectativa mediana do mercado (-1,1%). Em comparação com dezembro de 2023, houve aumento de 1,6%. O desempenho foi influenciado pelo aumento na indústria extrativa (+0,8%) e pela queda na indústria de transformação (-0,8%).
O resultado da atividade industrial na passagem para dezembro foi influenciado pela queda em 15 dos 25 setores pesquisados. Entre os segmentos, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por máquinas e equipamentos (-3,0%) e produtos de borracha e de material plástico (-2,5%). Por outro lado, entre as atividades que apontaram expansão na produção, indústrias extrativas (+0,8%) e bebidas (+3,2%) exerceram os principais impactos positivos no mês.
Em relação às grandes categorias econômicas, na comparação com novembro e sem influências sazonais, bens de consumo semi e não duráveis (-1,8%), bens de consumo duráveis (-1,6%) e bens de capital (-1,1%) apresentaram resultados negativos em dezembro de 2024. Por outro lado, a categoria de bens intermediários, ao avançar 0,6%, foi a única a apresentar variação positiva no mês.
RESULTADO NO TRIMESTRE – Na comparação entre o 4º trimestre e o 3º trimestre de 2024, a indústria apresentou queda de 0,1%. Nessa mesma métrica, a indústria de transformação registrou redução de mesma magnitude (-0,1%), enquanto a indústria extrativa apresentou diminuição de 0,4%.
Esses resultados indicam desaceleração se comparado ao que foi observado entre o 3º trimestre e o 2º trimestre de 2024, quando a indústria geral avançou 1,2%, a indústria de transformação cresceu 1,4% e a indústria extrativa subiu 0,5%.
RESULTADO NO ANO – Em 2024, a produção da indústria geral registrou crescimento de 3,1%, após fraco desempenho em 2023 (+0,1%) e queda em 2022 (-0,7%). A recuperação no ano foi puxada, sobretudo, pela indústria de transformação, que avançou 3,7%, enquanto a indústria extrativa ficou estável.
Na abertura do resultado anual, houve aumento espraiado entre as quatro grandes categorias, com destaque para bens de consumo duráveis (+10,6%) e bens de capital (+9,1%). Os setores produtores de bens intermediários (+2,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (+2,4%) também apresentaram resultados positivos em 2024.
Entre os setores, 20 dos 25 ramos pesquisados apresentaram crescimento em 2024. As principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (+12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+12,2%), produtos alimentícios (+1,5%) e produtos químicos (+3,3%). Por outro lado, as atividades de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-2,1%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-1,2%) exerceram as maiores influências negativas no ano.