Aumento da produção de bens de capital ajuda na recuperação dos investimentos, mas novo ciclo de alta dos juros preocupa
A produção industrial cresceu 1,1% entre agosto e setembro, sem efeitos sazonais. Entre os segmentos, as influências positivas mais importantes em setembro foram assinaladas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+4,3%) e produtos alimentícios (+2,3%). Por outro lado, indústria extrativa (-1,3%) e produtos químicos (-2,7%) exerceram os principais impactos negativos. Em bases trimestrais, a produção industrial registra aumento de 1,6% no 3º trimestre de 2024.
No balanço de riscos, o novo ciclo de aumento da taxa Selic tende a pesar contra o processo de recuperação em curso para o setor.
A projeção da FIESP para o crescimento da produção industrial em 2024 é de 2,9%.
ANÁLISE DE DESEMPENHO – A produção industrial avançou 1,1% entre agosto e setembro, sem efeitos sazonais. O resultado veio próximo da projeção da FIESP (+1,0%) e em linha com a expectativa do mercado (+1,1%). Em comparação com setembro de 2023, houve aumento de 3,4%. O desempenho no mês foi influenciado pelo crescimento da indústria de transformação (+1,7%). Já a indústria extrativa registrou queda (-1,3%). Com o último resultado, o nível da produção industrial se encontra 3,1% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). No acumulado em 12 meses, a produção industrial registra alta de 2,6%.
O resultado da atividade industrial na passagem para setembro foi influenciado pelo avanço em 12 dos 25 setores pesquisados. Entre os segmentos, as influências positivas mais importantes em setembro foram assinaladas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+4,3%) e produtos alimentícios (+2,3%). Por outro lado, entre os segmentos que apontaram queda na produção no mês, indústria extrativa (-1,3%) e produtos químicos (-2,7%) exerceram os principais impactos negativos.
Em relação às grandes categorias econômicas, na comparação com o mês anterior e sem influências sazonais, três das quatro grandes categorias econômicas mostraram avanço na produção: bens de capital (+4,2%), bens intermediários (+1,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (+0,6%). Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis, ao recuar 2,7%, apontou a única taxa negativa em setembro. Em bases trimestrais, a produção industrial registrou aumento de 1,6% no 3º trimestre de 2024 na comparação com o trimestre anterior – dados com ajuste sazonal. Esse resultado veio após crescimento de 0,8% no 2º trimestre de 2024. A indústria de transformação contribuiu com avanço de 1,7% e a indústria extrativa registrou alta de 0,6% no 3º trimestre.