A produção de carne bovina deve chegar a 10,19 milhões de toneladas neste ano, o que significa um aumento de 7,1% quando comparado com 2023. Se confirmado, o volume será um novo recorde na série histórica, ultrapassando a produção obtida em 2006. É o que aponta o quadro de suprimento de carnes atualizado, nesta quinta-feira (25), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A alta é explicada pelo auge no processo do ciclo pecuário devendo ser atingido em 2024, com o pico do descarte das fêmeas.
Diante deste cenário de maior oferta do produto, as exportações devem registrar um crescimento de 13,4%, podendo chegar a 3,44 milhões de toneladas. Apenas no acumulado dos seis primeiros meses do ano, os embarques de carne bovina já chegaram a 1,7 milhão de toneladas, incremento de 25,77% ao registrado no mesmo período de 2023. Mesmo com a alta nas vendas internacionais, o mercado doméstico não deve ser afetado. Para a disponibilidade interna a Companhia também prevê um aumento de 4,2%, sendo estimada em 6,82 milhões de toneladas.
Cenário semelhante é verificado para a carne suína. A produção deve chegar a aproximadamente 5,4 milhões de toneladas, leve alta de 1,9%. O incremento possibilita a elevação tanto nas exportações como no mercado interno, sendo projetada em 1,3 milhão de toneladas e 4,18 milhões de toneladas respectivamente. Caso sejam confirmadas as estimativas da Companhia, as vendas externas e a disponibilidade do produto no mercado nacional irão atingir um novo recorde na série histórica do produto.
AVILCULTURA
Para a avicultura de corte, o panorama é de certa estabilidade. A produção de mantém próxima a 15 milhões toneladas de carne de frango, com as exportações em níveis em torno de 5 milhões de toneladas e disponibilidade interna na faixa de 10 milhões de toneladas.
Com isso, a produção das três principais carnes do país deve chegar a 30,77 milhões de toneladas neste ano. O volume representa um crescimento de 3,5% se comparado com 2023 e estabelece um novo recorde na série histórica. Esse incremento reflete em uma elevação na disponibilidade interna, estimada em 21,12 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento no mercado brasileiro. As exportações também devem crescer em torno de 5,2%, projetadas em 9,73 milhões de toneladas.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou que o aumento da produção de carnes no país significa a possibilidade de redução dos preços aos consumidores. “Com a produção recorde, teremos mais carne no mercado, cai o preço ao consumidor e vai aumentar também as exportações, o que é excelente para a economia brasileira”, afirmou.