Faltam poucos dias para encerrar o prazo de atualização cadastral do rebanho paranaense. A declaração possibilita que o Estado planeje as ações de vigilância sanitária com vistas a conter rapidamente surtos de doenças nos animais, particularmente eventual foco de febre aftosa, que é possível, ainda que haja certificação internacional de área livre da doença sem vacinação.
Para as administrações municipais, o cadastro é uma importante ferramenta para direcionar políticas públicas de melhoria da qualidade do rebanho e da economia local. Os produtores, por sua vez, podem se ver livres de eventuais multas pela falta do cumprimento dessa obrigatoriedade, assim como poderão requisitar as Guias de Transporte Animal (GTA) para movimentar os rebanhos fora da propriedade onde estão alojados.
A partir de 1º de julho, as propriedades que não estiverem atualizadas no cadastro da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) ficam impedidas de retirar GTA. O Paraná completou, em 27 de maio, um ano da certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Um compromisso dos produtores rurais para manter esse status é a atualização anual do rebanho entre 1º de maio e 30 de junho.
“Com as informações registradas temos melhores condições de agir rapidamente em eventuais casos de focos de qualquer doença, e não apenas a aftosa”, afirmou o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. “O nosso apelo em favor não apenas do Estado, mas do próprio negócio dos pecuaristas paranaenses, é que intensifiquem a declaração dos rebanhos nesta reta final da campanha”.
Balanço – Os últimos números divulgados pela Adapar, nesta quarta-feira (15), apontam que 56,9% das propriedades rurais tiveram seus rebanhos atualizados. Faltam, portanto, 43,1%. Confira AQUI a evolução diária dos números por núcleo regional e por município.
Ivatuba e São Manoel do Paraná são os únicos que conseguiram atingir 100% das propriedades cadastradas. Outros 10 municípios estão acima de 90% e 26 acima de 80%. Dos 399 municípios paranaenses, 197 ultrapassaram o índice de 56,9% atingido até agora.
A pior situação é a de Mandirituba, com 16,2% de atualização cadastral. É seguido de Porecatu (20,5%), Quatro Barras (23,6%), Bocaiúva do Sul (27,9%), Santana do Itararé (28,5%), Piraquara (30,4%), Contenda (30,5%) e Paula Freitas (30,8%). Logo a seguir vem Curitiba, que atualizou o cadastro de 31,2% do rebanho.
Em relação aos núcleos regionais, a pior situação é de Curitiba, com apenas 39,5%¨de atualização realizada até agora. A seguir vem União da Vitória, com 41,8%, e Irati, com 49%. Os melhores porcentuais estão em Toledo, com 75,2%, Paranavaí, 67,9%, e Umuarama, com 65,3%.
Atualização – A atualização é exigida para todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos e caprinos).
Os produtores podem fazer de forma direta pelo aplicativo Paraná Agro, que pode ser baixado no Google Play ou na Apple Store, por meio do site da Adapar, ou em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras). Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial, o telefone para contato é (41) 3200-5007.