REINALDO SILVA
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Dagoberto Cascardo contribuiu de forma decisiva com a educação de Paranavaí. Foi defensor incansável do ensino de qualidade, tema ao qual se dedicou durante toda a vida docente e mesmo depois da aposentadoria. O professor de História morreu na última segunda-feira (28 de fevereiro), aos 88 anos de idade, e deixou marcas indeléveis na memória da cidade.
Ele chegou a Paranavaí em 1962. Participou da fundação do atual Colégio Estadual Silvio Vidal, no Jardim São Jorge. Ministrou aulas na faculdade que hoje é chamada de Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Teve participação ativa dentro da APP-Sindicato.
Deixou a cidade em 1978, pouco antes de se aposentar, e se mudou para Curitiba com o objetivo de fazer tratamentos médicos, em razão de uma arritmia cardíaca. Mesmo com a saúde afetada, atuou em favor da educação e da cultura. Chegou a coordenar eventos no Teatro Guaíra, na capital paranaense, e foi personagem importante na fundação de algumas escolas curitibanas.
Quase 600 quilômetros separavam Dagoberto Cascardo de Paranavaí, mas os laços se mantiveram fortes mesmo assim. Fernando César Cascardo, um dos filhos do professor de História, conta que o pai recebia lideranças paranavaienses, conversava com políticos, opinava sobre o futuro da cidade. Queria vê-la se desenvolver cada vez mais.
Agora, em 2022, com os problemas de saúde agravados, voltou para o Noroeste do Paraná. Estava em Loanda, na casa de um filho, e teve complicações. Foi internado no hospital local e precisou ser transferido para a Santa Casa de Paranavaí, sendo submetido a uma cirurgia de emergência na tarde de sábado (27). Levado para a UTI em seguida, resistiu por quase 48 horas, mas a gravidade da situação venceu o professor Dagoberto Cascardo.
Foi sepultado em Japira, município no Norte do Paraná que o pai, Francisco Cascardo, ajudou a criar. Além da esposa Elza Barbosa de Carvalho Cascardo, também docente aposentada, Dagoberto Cascardo deixou cinco filhos, sendo três biológicos e dois adotivos, cinco netos e uma bisneta.
