Entre os temas abordados, inspeções sanitárias, saúde ocupacional, identificação e gerenciamento de riscos, legislação sobre a manipulação de alimentos e coleta e análise de dados
REINALDO SILVA
Da Redação
Inspeções sanitárias, saúde ocupacional, identificação e gerenciamento de riscos, legislação sobre a manipulação de alimentos e coleta e análise de dados. Esses foram alguns temas discutidos na capacitação voltada a profissionais que atuam nas vigilâncias em saúde dos municípios do Noroeste do Paraná.
Fruto de uma parceria entre as secretarias de saúde do Paraná e de Paranavaí, o evento abordou as diferentes áreas de alcance da vigilância em saúde, apontando especificidades de cada setor.
O médico veterinário da 14ª Regional de Saúde, Walter Sordi Junior, explicou que o foco da vigilância em saúde é a prevenção baseada em leis e políticas públicas. Vale para os setores sanitários, epidemiológicos, ambientais e de saúde do trabalhador.
A eficiência das equipes passa, necessariamente, pela inspeção e pela identificação das demandas. A partir disso, é possível definir diretrizes, protocolos e estratégias de aplicação da legislação.
Sordi Junior falou da importância de cada divisão da vigilância em saúde, destacando que a integração é essencial para obter resultados positivos. “A vigilância epidemiológica trabalha com a notícia do fato para que as vigilâncias sanitária, ambiental e da saúde trabalhadora possam agir”.
O exemplo citado pelo médico veterinário é sobre os atendimentos hospitalares. “Em tese, todos os trabalhadores que sofrem acidentes passam pelos hospitais ou, no mínimo, pelo serviço de saúde. A epidemiologia tem o trabalho de buscar essa informação junto às entidades de saúde e trazer a notícia. Assim, a vigilância da saúde trabalhadora buscará ações de prevenção.”
DESAFIOS – Apesar do papel essencial das divisões da vigilância em saúde, há desafios que precisam ser superados. Sordi Junior apontou o número reduzido de profissionais, “aquém do necessário em praticamente todos os municípios”.
Há municípios com apenas dois servidores responsáveis por toda a vigilância em saúde. É impraticável dentro do que se espera do setor.
Mas não basta somente ampliar as equipes, há que se investir em capacitação e formação educacional. O médico veterinário da Regional de Saúde disse é fundamental pensar também na contratação de mais pessoas com nível superior.