O Agosto Dourado é o mês escolhido para conscientizar a sociedade sobre os benefícios do leite materno, alimento considerado ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O tema escolhido para a campanha deste ano é “Faça a diferença para mães e pais que trabalham” e traz à tona a discussão sobre a continuidade da amamentação quando a mulher precisa retornar às atividades profissionais.
Em Paranavaí, mais de 140 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, entre ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) e Técnicos de Enfermagem (incluindo os lotados em salas de vacina), estão participando na primeira quinzena deste mês de agosto do Curso de Manejo Clínico da Lactação: aspectos teóricos e práticos, promovido pela Associação de Apoio à Maternidade e Amamentação.
“Neste curso estão sendo abordados temas como o aleitamento materno como prioridade mundial, as políticas públicas em aleitamento materno, as vantagens do aleitamento materno, a composição do leite humano, a anatomia e fisiologia das mamas, o manejo clínico das principais dificuldades na amamentação, além de aula prática com estudo de casos e aplicação prática. Com essa capacitação, os nossos profissionais poderão ajudar ainda mais as mães na fase de lactação”, destaca a coordenadora do programa Saúde da Mulher de Paranavaí, Mariana Águila.
Os objetivos do curso ministrado pela Mammanutry são de incentivar a apoiar o aleitamento materno; humanizar a assistência prestada à saúde materno-infantil; melhorar a qualidade da assistência prestada ao binômio mãe e filho; avançar tecnicamente enquanto hospital e Atenção Primária à Saúde, formadores de novos profissionais que atuam na área da saúde, bem como, aqueles de outras áreas que trabalham direta ou indiretamente com mães e bebês.
Agosto Dourado – Consagrado como o melhor e mais completo alimento, o leite materno é fundamental para a saúde e o desenvolvimento de bebês – fortalece o sistema imunológico, diminui os riscos de obesidade, de desenvolvimento de diabetes, casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão e colesterol alto, além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos.
A amamentação iniciada logo após o nascimento do bebê pode diminuir a mortalidade neonatal, aquela que acontece até o 28º dia de vida, e para as mulheres reduz o risco de desenvolvimento do câncer de útero e câncer de mama.
O Ministério da Saúde recomenda manter o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais, devendo ser o alimento exclusivo até os seis meses de vida.
De acordo com último Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI/2019) do Ministério da Saúde, mais da metade (53%) das crianças brasileiras continuam sendo amamentadas no primeiro ano de vida. Entre as menores de quatro meses, 60%, e para as crianças de seis meses de vida o índice de amamentação exclusiva cai para 45,7%. Quase todas as crianças foram amamentadas alguma vez (96,2%), sendo que dois a cada três bebês ainda na primeira hora de vida.
(com informações da Agência Estadual de Notícias – AEN)