Promover noções de cidadania, política e tributos é o principal objetivo do projeto “Observatório Social Mirim”, desenvolvido pelo Observatório Social de Paranavaí. A ideia veio de Brusque – SC e está sendo replicada na cidade para estudantes do 7º e do 8º anos das escolas estaduais.
O primeiro encontro aconteceu nesta quarta-feira (31 de maio) no Colégio Estadual Curitiba. Outros dois serão realizados nos dias 14 e 28 de junho, para depois seguir o cronograma até o final do ano letivo nas outras 10 escolas.
Ao todo, cada escola receberá três palestras divididas da seguinte forma: introdução sobre a função do Observatório Social e seus objetivos, cidadania, direitos e deveres de cada indivíduo previstos na Constituição Federal de 1988 e o papel dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário; importância e o cuidado com o que é do poder público e tributos; corrupção e mais uma vez a importância e o cuidado com patrimônio e recursos públicos.
A advogada e coordenadora do Observatório Social de Paranavaí, Thais Soares, diz que o objetivo é ir a três escolas por semana, porém nem todas conseguem liberar um espaço por conta do calendário letivo escolar. Em média, as visitas são realizadas por quatro profissionais/voluntários do Observatório.
“Infelizmente esses adolescentes ainda não têm a consciência sobre cidadania e das responsabilidades social e fiscal, além dos papéis de cada poder. Ao perguntar se eles sabiam o endereço da Câmara Municipal de Paranavaí, um respondeu que seria em Brasília, erravam as respostas, mas tentavam participar, portanto, foi um bate-papo enriquecedor”, analisa Thais. No cronograma do projeto está previsto levar os estudantes até o Poder Legislativo da cidade.
No tema política, um dos assuntos abordados é referente ao voto. Os voluntários do Observatório alertam os estudantes que além de um direito, votar também é um dever e escolher candidatos que tenham propostas claras e importantes para a sociedade é primordial para o desenvolvimento do país. “Existem alguns políticos que geralmente não têm propostas e acabam oferecendo serviços em época de eleição, ou seja, a famosa ‘compra de voto’. Isso não deixa de ser uma forma de corrupção”, finaliza Thais.