ADÃO RIBEIRO
O estudante é a razão de qualquer estabelecimento de ensino. Porém, até chegar à escola ele vive uma série de emoções positivas e outras nem tanto. Toda criança nasce em um ambiente, nem sempre favorável por questões sociais e econômicas. Portanto, cada criança é única e como tal precisa ser tratada. E quem cuida do cuidador?
Pensando na busca por essa resposta, a Escola Municipal José Vaz de Carvalho, do Distrito de Sumaré em Paranavaí, idealizou o Projeto Escola para Pais. A essência da iniciativa é levar o pai e a mãe para a vivência escolar, identificando suas dificuldades, suas angústias, seus pontos positivos e até a contribuição que cada um (ou uma) pode dar para o estabelecimento de ensino. Pronto. Está criada uma nova relação em que a escola cuida do seu aluno e também presta atenção aos país. Em outras palavras, cuidar também do cuidador.
LANÇAMENTO
Nesta segunda-feira à noite (22 de abril), a escola abriu as suas portas para a comunidade, saindo do chamado intramuros para viver um relacionamento com os responsáveis pela educação de berço de cada criança.
O começo foi surpreendente. Um grande número de integrantes da comunidade compareceu para a palestra de Franciele Oliveira, coach de performance familiar, analista comportamental e educadora parental. Ela abordou o tema “Família, no lugar de boas memórias”. Conforme depoimentos, uma noite de novas experiências e que deve agregar ao dia adia da escola.
Diretora da Escola Municipal José Vaz de Carvalho, Sirley Sbais cita que a ação é voltada para alunos do Infantil, da Educação Especial e do 1º ao 5º ano. Lembra que nesta segunda-feira aconteceu o primeiro de nove encontros comunitários programados para todo o ano letivo. O nome da iniciativa foi pensado para envolver pais, estudantes e a comunidade em geral no mesmo propósito: valorizar a educação. Também tem a missão de refletir sobre o papel de cada familiar na educação das crianças, reforça.
OUSADIA
Sirley concorda que a iniciativa é audaciosa, mas adverte que se trata de uma semente plantada para o futuro. Ela não se preocupa com resultados rápidos, mas com o crescimento sólido da escola ao longo dos anos. E argumenta que a ideia nasceu da dificuldade de levar os pais à escola nas reuniões bimestrais e mesmo nos encontros atuais, a cada três meses. O projeto tenta inverter essa lógica, levando a comunidade ao interior da escola.
Embora não seja o fator principal de atração, a escola ainda está oferecendo incentivos para quem participa. Nesta segunda-feira, por exemplo, foi sorteada uma caderneta de poupança oferecida pelo Sicredi. Outros presentes virão na sequência, antecipa.
O Diário do Noroeste é parceiro do estabelecimento de ensino nesta ação comunitária. Com a exposição nas mídias do DN (impresso, site, redes sociais), a empresa jornalística, que completa 69 anos no próximo dia 23 de outubro, dá a sua contrapartida social, reconhecendo o mérito nas ações de professores, pais e alunos na construção de uma educação inclusiva e de qualidade.