Setor é a porta de entrada para casos de urgência e emergência e chegou a abrigar quase o dobro de pacientes em relação à capacidade de atendimento
REINALDO SILVA
Da Redação
O pronto socorro da Santa Casa de Paranavaí dispõe de 14 macas para atendimentos de urgência e emergência e dois leitos de UTI, mas entre a madrugada de quarta-feira (16) e a manhã de quinta-feira (17) chegou a receber 28 pacientes. A superlotação foi classificada pelo diretor-geral do hospital, Héracles Alencar Arrais, como “situação crítica”.
Não é a primeira vez que o problema acontece. Só para ilustrar a recorrência, há aproximadamente 30 dias, a Santa Casa também registrou número de pacientes superior à capacidade de atendimento. Na ocasião, a maioria dos casos estava relacionada a problemas respiratórios. Já nos registros desta semana, os quadros clínicos eram os mais diversos.
Arrais garantiu que apesar das dificuldades, ninguém ficou sem cuidados médicos. A Santa Casa adotou estratégias como antecipar a alta de pacientes de outras alas, a fim de liberar leitos, desde que a saída não acarretasse qualquer tipo de prejuízo à saúde.

Foto: Arquivo DN
Também foi necessário readequar o fluxo de atendimentos, com permissão de novas entradas apenas quando houvesse espaço adequado.
Na tarde de quinta-feira, Arrais informou que o cenário já estava dentro da normalidade. “O hospital está cheio, mas nada fora do comum.” A superlotação, disse o diretor geral, não é regra, mas, sim, exceção.
Arrais explicou que o pronto socorro não recebe pacientes por demanda espontânea, apenas por encaminhamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou das redes municipais de saúde do Noroeste do Paraná, que têm na Santa Casa a referência hospitalar.
Nesta semana, representantes da diretoria e do corpo clínico da Santa Casa, técnicos da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí e secretários municipais de Saúde conversaram para tentar encontrar alternativas que reduzam o fluxo de pacientes no pronto socorro. O assunto segue em discussão.