SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Os estudantes que fizeram, neste domingo (16), a prova de Português da segunda fase do vestibular da Fuvest 2022 encontraram uma prova “difícil, mas não impossível”. É o que avalia o professor de Português Serginho Henrique, do Objetivo – curso que corrigirá as provas da segunda fase em parceria com o UOL ainda neste domingo.
Para Serginho, o exame exigiu que os estudantes fossem capazes de fazer reflexões profundas e autônomas.
“O aluno precisa ter um conhecimento aprofundado da disciplina para lidar com ela não de uma maneira dogmática, mas de uma maneira profundamente reflexiva”, disse.
Além disso, o professor avaliou que os candidatos que tinham o hábito de ler tiveram mais facilidade para responder às questões, tanto as de literatura, quanto as de gramática.
O exame tinha 10 questões dissertativas e uma redação. Entre as perguntas, seis abordavam temas gramaticais, enquanto as outras quatro eram de literatura e se referiam a livros da lista de leitura obrigatória elaborada pela Fuvest.
As obras que foram cobradas foram “Alguma Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade; “Angústia”, de Graciliano Ramos; “Campo Geral”, de Guimarães Rosa; e “Terra Sonâmbula”, de Mia Couto.
Para Serginho, as questões de literatura exigiam que os candidatos tivessem de fato lido os livros, e estudar por resumos e comentários de professores não teria sido suficiente.
Tema da redação
O tema da redação da Fuvest 2022 foi “As diferentes faces do riso”. Segundo a instituição que elabora o vestibular, os candidatos deveriam “explorar os aspectos distintos do riso, que podem ser entendidos como característica universal do ser humano, crítica política, enquadramento social e, inclusive, como forma de resistência, dentre outras possíveis abordagens que sejam pertinentes ao tema.” Cinco textos de apoio foram fornecidos para os candidatos.
Para Maria Aparecida Custódio, professora de Redação do Objetivo, o tema foi surpreendente e deve ter assustado os candidatos num primeiro momento. “Mas, após a leitura da coletânea, com certeza o candidato contou com algum subsídio para produzir o próprio texto”, disse ela.
Segundo a professora, os candidatos podem ter explorado essas diferentes faces, recorrendo não só à coletânea de texto, mas ao próprio repertório sociocultural. “Não acredito que o candidato vá encontrar dificuldades no desenvolvimento desse tema”, disse Maria Aparecida.
Abstenção
A Fuvest informou que 2.177 candidatos faltaram à prova neste domingo (16), 7% em relação aos 30 mil convocados para a segunda etapa do exame.
No total, 8.211 vagas da USP são oferecidas via Fuvest. A universidade também vai ofertar outras 2.936 vagas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que usa a nota obtida pelo aluno no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Hoje, no primeiro dia de prova, os alunos precisam responder a dez questões dissertativas de língua portuguesa e produzir uma redação, que exige texto dissertativo-argumentativo assim como no Enem. Amanhã (17), os participantes devem solucionar 12 perguntas de disciplinas ligadas ao curso escolhido.
“Se forem duas disciplinas, haverá seis questões para cada uma delas. Se forem três disciplinas, haverá quatro questões para cada uma. Se forem quatro disciplinas, haverá três questões para cada uma”, informa o vestibular.
As provas valem um total de cem pontos e têm duração de até quatro horas. Durante a prova haverá reconhecimento facial dos participantes. “Será utilizado detector de metais para ingresso nas salas de prova, com o objetivo de garantir a segurança dos candidatos e lisura do exame”, afirma a Fuvest.
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