Tosse é uma das maiores causas de procura por pronto atendimento e, por ser considerada um sintoma, pode ser sinal de diversos problemas, desde um resfriado comum até quadros mais complexos
Sintoma bastante comum em quadros de doenças respiratórias, a tosse costuma ser bastante desconfortável, principalmente quando se torna uma condição persistente, difícil de ser eliminada. Quando diagnosticada em crianças, o incômodo se estende aos pais, que podem passar dias tentando aliviar o problema.
De acordo com a médica pediatra Agnes Andrade, a tosse é uma das maiores causas de procura por pronto atendimento e, por ser considerada um sintoma, pode ser sinal de diversos problemas, desde um resfriado comum até quadros mais complexos. “A tosse é o mecanismo de defesa da via aérea. É justamente ela que impede que coisas ruins cheguem aos nossos pulmões”, explica.
Considerando essa estratégia protetora desempenhada pelo sintoma, é mais interessante investigar o que está causando a tosse e fazer o tratamento correto em vez de tentar inibi-la a qualquer custo.
Mas, afinal, quais são as causas da tosse?
Segundo a médica, na pediatria, as origens podem ser diversas, e normalmente estão relacionadas à faixa etária da criança. Entre aquelas que frequentam a escola e que têm contato com outras crianças, normalmente a causa são infecções de vias aéreas superiores, os resfriados, as gripes ou quadros de sinusite.
“A presença de vírus nessa região favorece a produção de muco, de secreção, e esse muco, essa secreção, goteja na garganta da criança, propiciando o reflexo da tosse. E é por isso que tende a piorar à noite, quando ela se deita, porque goteja ainda mais”, esclarece a especialista.
Contudo, ainda há outras possíveis razões para a presença de tosse: asma, rinite, laringite, coqueluche, pneumonia, contato com poluição ou fumaça, engasgo por algum objeto, e outras. Em cada quadro, por se tratarem de doenças diferentes, um tratamento específico é exigido.

Foto: Ilustrativa/Freepik
Quando a tosse é preocupante? – A pediatra tranquiliza: tosse sozinha, como sintoma único, não é considerada um sinal de alarme. No entanto, existem alguns indicativos que merecem atenção e, caso sejam percebidos, requerem avaliação médica:
– quando a tosse persistir por mais de duas semanas;
– quando a tosse estiver acompanhada de febre alta por mais de três dias, ou nos menores de três meses de idade, qualquer episódio de febre;
– quando a tosse estiver associada a esforço respiratório, afundamento da garganta, afundamento das costelas, respiração mais acelerada, fala entrecortada, cianose (coloração azulada dos lábios);
– quando a criança estiver fraca, sonolenta, desidratada, ou com os olhos mais fundos, boca sem saliva, choro sem lágrima;
– quando a tosse vier acompanhada de um chiado no peito ou um guincho (a criança faz crise de tosse seguida por uma inspiração forçada semelhante a um guincho);
– quando houver sudorese, acompanhada de tosse com bastante produção de muco e sangue.
Caso seja observada a presença de um desses quadros, a orientação é buscar ajuda médica especializada.
A pediatra ainda detalha que não existem medicamentos milagrosos que podem resolver a tosse de forma geral. “É essencial que os pais estejam atentos e busquem elucidar a causa da tosse dos seus filhos para, aí sim, buscar um tratamento adequado”, recomenda.
SERVIÇO
Agnes Andrade – Médica pediatra (CRM 42.960 // RQE 31.841)
Endereço: Rua Manoel Ribas, 1978, Parque São Lourenço, ICT Clínica, em Paranavaí
Telefone/WhatsApp: (41) 9 9732-2294
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