O motocross é conhecido pela adrenalina e pelas manobras radicais, mas também chama atenção pelos valores envolvidos na modalidade. O Diário do Noroeste conversou com o piloto Alexandre Neiverth, da equipe Team Foguinho e que compete na Mx1 e Mx3 , que explicou quanto custa investir em motos de competição e preparação para entrar nas pistas.
Alexandre está em Paranavaí para disputa da 4ª etapa do Paranaense de Motocross, que iniciou neste sábado (23) e segue até o domingo (24). Segundo ele, os valores variam de acordo com o modelo e o tamanho da moto: motos infantis, usadas por crianças que estão começando, custam em média R$ 45 mil. Uma moto de porte médio, “um pouco mais forte e já com embreagem”, chega a cerca de R$ 60 mil. Já as motos utilizadas por pilotos adultos custam em torno de R$ 80 mil.
Esses valores são para os modelos originais de fábricas. Mas o gasto pode ser bem maior quando são feitos ajustes e personalizações. “Tem piloto que anda com a moto do jeito que sai da loja, mas também tem quem gaste outros R$ 40 mil, R$ 60 mil ou até R$ 80 mil em preparação”, explica Alexandre.
A suspensão é o item mais caro do pacote, podendo custar de R$ 20 mil a R$ 50 mil. Além dela, escapamentos, motorizações e outros ajustes elevam ainda mais o valor final. “Você pode gastar o preço de outra moto só em preparação”, completou o piloto.
Alexandre avaliou que o motocross não é tão caro se comparar com outras modalidades. “Eu não digo que seja caro. Conheço amigos que correm de kart, e lá o custo é ainda maior. Uma corrida de kart já exige um jogo de pneus. No motocross, dependendo da pista, um pneu pode durar de quatro a cinco corridas”, comparou.
Para ele, o maior desafio é dar o primeiro passo: comprar a moto. “Depois que você tem o equipamento, fica mais fácil manter.”
