REINALDO SILVA
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Os 28 municípios do Noroeste do Paraná somam 13.895 crianças de 1 ano a 4 anos. Todas formam o público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que segue até 14 de junho. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é alcançar pelo menos 95% dessa população.
As secretarias municipais de Saúde têm adotado várias estratégias para garantir a imunização efetiva. O trabalho começa com os agentes comunitários de saúde identificando as famílias com filhos em idade para se vacinar. Fazem orientações e ensinam a importância de manter as crianças protegidas contra a doença, também conhecida como paralisia infantil.
A aplicação das doses acontece nas salas de vacina das unidades básicas de saúde ou mesmo nas escolas, a depender da proposta de cada município. A ampla divulgação da campanha de imunização também faz parte do cronograma de atividades.
Coordenadora regional de Imunização, Daniele Marini informa que a 14ª Regional de Saúde recebeu mais de 20 mil doses da Vacina Oral contra Poliomielite (VOP), “haja vista que o frasco de vacina é multidoses e tem validade após aberto”.
Ela destaca que não há casos recentes de paralisia infantil no Brasil, “mas as coberturas vacinais tiveram quedas significativas desde 2016, ocasionando bolsões de não vacinados em todo o país”. A campanha visa a aumentar a cobertura vacinal de forma homogênea e, assim, impedir a reintrodução da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o último registro no Brasil é de 1989 e, cinco anos depois, em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. No entanto, no ano passado, o país foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC).
O próximo sábado (8) será o dia D da vacinação e UBSs de todos os municípios funcionarão das 8h às 17h.
ATUALIZAÇÃO
Daniele Marini incentiva: mesmo as crianças com menos de 1 ano ou acima de 5 anos devem ser levadas à UBS, pois, sendo necessário, a equipe de imunização fará a atualização da caderneta de vacinação.
A coordenadora regional de Imunização lamenta a circulação de notícias falsas que contestam a importância e a eficácia das vacinas.
As chamadas fake news, compartilhadas de maneira recorrente nas redes sociais, sugerem que a criança só pode recebe a dose do imunizante contra a paralisia infantil se for vacinada contra a Covid-19. Não é verdade. Daniele Marini garante que a aplicação de qualquer vacina no público infantil depende da autorização expressa dos pais ou dos responsáveis legais.