REINALDO SILVA
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Durante o temporal que atingiu o Noroeste do Paraná no último sábado (23), Paranavaí chegou a ter pelo menos 12 mil domicílios sem luz. Um dos pontos atingidos pela falta de energia elétrica foi a 14ª Regional de Saúde, onde estavam armazenadas doses de imunizantes contra a Covid-19. O problema mecânico no gerador foi identificado rapidamente, as vacinas precisaram ser acondicionadas em caixas térmicas com gelo reutilizável e transportadas até as geladeiras científicas do Hemonúcleo Regional. Apesar da ação célere, 24,4 mil doses agora estão sob suspeita.
Chefe de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Samira Silva explicou que quando há variação de temperatura nos refrigeradores é necessário submeter as vacinas à análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Significa que a distribuição para os municípios não aconteceu na data prevista, segunda-feira (25), e haverá atraso na estratégia de vacinação em massa em todos os municípios do Noroeste.
Estão sob suspeita 11.070 doses de Astrazeneca e 13.334 de Pfizer. Seriam destinadas à segunda aplicação, ou seja, para completar o esquema de imunização contra o coronavírus. Como não existem doses para substituição, pode demorar alguns dias para a retomada do calendário de vacinação, mas não comprometerá a eficácia, conforme enfatizou Samira Silva.
A chefe regional de Vigilância Epidemiológica informou que “a variação de temperatura foi mínima e por pouco tempo”, porém para garantir a qualidade da imunização “precisamos seguir com os protocolos do Programa Nacional de Imunização”. As doses precisam ser mantidas em ambiente com temperaturas de 2 a 8 graus. Se permanecerem abaixo ou acima dessas marcas por muito tempo, os imunobiológicos podem ser comprometidos.
De acordo com Samira Silva, todos os detalhes da situação foram incluídos em um relatório online enviado para o INCQS. “Ficaremos no aguardo do parecer para que possamos dar seguimento com a distribuição das doses”. Ainda não é possível saber quando as análises serão concluídas, mas em razão da pandemia de Covid-19 e, portanto, da necessidade de avançar na vacinação, a expectativa é que o processo ganhe agilidade.
Foto: Regional de Saúde
