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Foto: Arquivo DN
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SAÚDE

“Queremos equilibrar as contas até o fim do ano”, diz diretor da Santa Casa

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

“Não é fácil, mas queremos equilibrar as contas até o fim do ano.” A declaração é do diretor-geral da Santa Casa de Paranavaí, Héracles Alencar Arrais, que falou ao Diário do Noroeste sobre a crise financeira que se adensou durante a pandemia de Covid-19 e se arrasta até aqui. Repasses de verbas da União e do Governo do Estado e campanhas de arrecadação junto à comunidade são apostas para superar a má fase.

Em abril deste ano, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou uma portaria garantindo R$ 2 bilhões para hospitais filantrópicos e Santas Casas de todo o Brasil. Em valores aproximados, a Santa Casa de Paranavaí recebeu R$ 1,8 milhão. O dinheiro é livre, ou seja, pode ser aplicado em qualquer área.

Outra ajuda importante veio do Governo do Estado, em torno de R$ 1,2 milhão. O dinheiro já está na conta, mas o uso depende de processos licitatórios, com finalidades específicas, por exemplo, custeio. Apesar das limitações legais, o repasse é bem-vindo. “Alivia para cobrirmos os gastos em outras áreas”, disse Arrais.

Corre paralelamente uma ação em parceria com a Copel, pela qual as pessoas podem fazer contribuições mensais. O valor definido pelo doador é lançado na fatura de energia elétrica e posteriormente repassado para a Santa Casa.

No campo das possibilidades, portanto ainda sem muitos detalhes, Arrais disse que o deputado federal Tião Medeiros sinalizou apoio por meio de emenda parlamentar.

Despesas – A Santa Casa de Paranavaí tem receita mensal de R$ 4,2 milhões, no entanto os custos chegam a R$ 4,5 milhões. A conta não fecha e o déficit é da ordem de R$ 300 mil. Considerando esse cálculo, o desequilíbrio financeiro em um ano pode chegar a R$ 3,6 milhões.

Mesmo antes da pandemia de Covid-19, a Santa Casa de Paranavaí enfrentava dificuldades, mas a crise sanitária potencializou os problemas. Entre 2020 e 2021, a grande procura por insumos e medicamentos em todo o mundo empurraram os preços para cima, o que comprometeu ainda mais as finanças do hospital.

Soma-se a suspensão das cirurgias eletivas, assim chamadas aquelas programadas e que não são consideradas de urgência. Configuram uma das principais fontes de faturamento da Santa Casa de Paranavaí, porém, em razão dos riscos de propagação do coronavírus e pela necessidade de ampliar o número de leitos para pacientes com quadros moderados e graves da doença, ficaram paralisadas por mais de um ano.

Serviços – O diretor-geral garantiu que, a despeito das dificuldades financeiras, o hospital mantém 100% dos atendimentos. Os serviços prestados pela Santa Casa de Paranavaí são destinados a pacientes de todo o Noroeste do Paraná, que compreende mais de 250 mil moradores.

Há alguns meses, a diretoria chegou a cogitar a redução e até mesmo a suspensão de alguns procedimentos, especialmente nos casos que demandassem grande quantidade de soro, mas a situação segue dentro da normalidade.

O que destoa das condições regulares de funcionamento é o pagamento dos salários dos médicos, há algum tempo feito com um mês de atraso. O problema foi discutido com os profissionais, que entenderam e aceitaram – desde que em caráter temporário.

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