BRUNO BRAZ E IGOR SIQUEIRA
DA UOL/FOLHAPRESS
Após o vice da Recopa Sul-Americana e o consequente acúmulo do terceiro fracasso na temporada, os jogadores do Flamengo estão lidando com críticas e pressão ainda maiores. E um dos questionamentos feitos têm incomodado os atletas: a parte física.
‘Julgar é muito fácil’ – O zagueiro Fabrício Bruno, por exemplo, foi questionado por uma repórter na zona mista após o vice da Recopa se o elenco tem sentido a parte física pois “aparenta cansaço”, algo que deixou o defensor visivelmente incomodado.
“Talvez falar assim e julgar a gente é muito fácil, né? Mas acima de tudo, você pega um jogo desse cansativo, equipe que trabalha bem a bola, joga prorrogação… É difícil. Talvez, para quem está de fora, é fácil, mas não é. É muito difícil”, disse.
Arrascaeta descarta cansaço – Outro que rechaçou que o problema seja físico foi Arrascaeta, que viveu uma noite de herói e vilão, já que fez o gol que levou a partida para a prorrogação, mas desperdiçou sua cobrança de pênalti. Analisando individualmente, o meia uruguaio acredita que esteja devendo na parte técnica.
“A gente já vai começando esse terceiro mês. Eu tive que parar um mês inteiro para acabar com as dores do ano passado [pubalgia]. Estou bem disso. A parte física, se for analisar os dados de jogo, eu sou um dos caras que está mais correndo. Eu sei da parte técnica, que não estou no meu melhor, mas às vezes não sai do jeito que a gente quer. A única forma de mudar isso é trabalhando”, disse.
Preparação física – A reportagem apurou que os integrantes da preparação física do Flamengo também consideram as críticas injustas desde o fracasso no Mundial de Clubes. O clube rubro-negro trouxe no início do ano, para a comissão técnica de Vítor Pereira, o preparador Mário Monteiro, que havia sido multicampeão pelo clube em 2019, com o português Jorge Jesus.
O profissional, inclusive, não tinha planos de deixar Portugal naquele momento, mas abriu esta exceção justamente por ser o Flamengo, onde viveu seu ápice.