REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Segue o relato de uma leitora do Diário do Noroeste: “Hoje passei pela UBS do centro. Estava um caos. Uma mulher com quatro crianças com febre, deitadas na calçada. Fui até lá. Intervi. Pedi que tivessem atendimento prioritário. Fiquei impactada”.
Foi na última segunda-feira (13), na Unidade Básica de Saúde Central de Paranavaí, referência para casos suspeitos de Covid-19, síndromes gripais e dengue. De 1º de janeiro até 13 de junho, a equipe realizou 19.336 atendimentos.
A média diária de pacientes chegou a 195 em janeiro, caiu para 148 em fevereiro e diminuiu para 83 em março. Em abril, voltou a subir, alcançando 113. Depois, 161 em maio e 155 em junho.
As temperaturas mais baixas das últimas semanas impulsionaram os problemas respiratórios, inclusive os casos de Covid-19. Neste período, as partículas de saliva ficam suspensas no ar por mais tempo, o que facilita o contágio, já que os vírus podem ser transmitidos através das gotículas.
As máscaras de proteção facial dificultam a entrada dos vírus no organismo. O adereço é recomendado como forma de reduzir os riscos de transmissão. A coordenadora municipal da Estratégia Saúde da Família, Amanda Reis, orienta que as pessoas com sintomas suspeitos de Covid-19, síndrome gripal e dengue procurem atendimento na UBS Central. E reforça: “Continuem com o uso de máscara e mantendo distanciamento”.
A equipe da UBS Central conta com dois enfermeiros, três técnicos de enfermagem, dois agentes comunitários de saúde, recepcionista e uma pessoa responsável pelos serviços gerais. O número de médicos varia de três a cinco, dependendo da escala, e conforme o fluxo de pacientes são colocados mais profissionais para dar apoio.
Segundo Amanda Reis, o tempo médio de espera depende da quantidade de pessoas que buscam atendimento. Na manhã de ontem, um vendedor ambulante que acompanhava o filho, com sintomas gripais, informou ao Diário do Noroeste que havia chegado às 8h, mas até 9h30 não tinha sido atendido.