REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Profissionais que atuam na Atenção Primária em Saúde (APS) nos municípios do Noroeste do Paraná participaram de uma capacitação sobre acolhimento e cuidados com o público LGBT+. A ação promovida pela 14ª Regional de Saúde revelou a importância da abordagem correta a esses pacientes no sentido de garantir que se sintam seguros e busquem cuidados sempre que necessário.
A APS é a principal porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS). Caracteriza-se por um conjunto de ações, nos âmbitos individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde.
Normalmente, o alcance da APS se dá pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), que levam serviços multidisciplinares às comunidades, e nas unidades básicas de saúde (UBSs).
O tema da capacitação levou em conta a demanda apresentada por profissionais da Atenção Primária em Saúde, por não se sentirem preparados para receber pessoas da comunidade LGBT+, a saber, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e outras designações de gênero e orientação sexual.
O psicólogo João Ricardo Rocha falou sobre o atendimento de qualidade e livre de preconceitos. Apresentou conceitos básicos de orientação sexual, identidade de gênero, uso de pronomes adequados e importância do nome social.
Auxiliar de saúde da 14ª Regional de Saúde, com formação em Serviço Social, Maria da Penha Francisco abordou métodos de prevenção a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), dando ênfase à prevenção combinada, que associa diferentes estratégias para evitar a transmissão do HIV.
A psicóloga Jessica Jorge Francisco explicou o processo transexualizador no Paraná. O Estado possui um serviço na modalidade ambulatorial chamado de Centro de Pesquisa e Atendimento a Travestis e Transexuais (CPATT), em Curitiba.
O CPATT atua nas áreas de serviço social, psicologia, enfermagem e endocrinologia e promove a dispensação dos hormônios para a transição. A idade mínima para atendimento é 18 anos, sendo necessário encaminhamento da UBS.