REINALDO SILVA
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Vacinas que passam do prazo de validade devem ser descartadas. Essa é a preocupação da 14ª Regional de Saúde em relação a mais de 12 mil doses de imunizantes contra a Covid-19 que estão prestes a vencer. Caso isso aconteça, “não temos notícias sobre a reposição”, disse a chefe de Vigilância Epidemiológica, Samira Silva.
Ela reforça o pedido para os municípios adotarem estratégias que garantam a ampliação da cobertura vacinal, principalmente de crianças de 5 a 11 anos, e dos moradores que não completaram o esquema de imunização com as duas doses ou ainda não receberam a terceira dose. O assunto foi trazido pelo DN na edição do final de semana.
A lista de recomendações inclui a descentralização dos pontos de aplicação das vacinas e a organização das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com atendimento em horário estendido, inclusive à noite e nos finais de semana. Seria oportunidade para alcançar pacientes que buscam os serviços da UBS e ainda não tomaram todas as vacinas contra a Covid-19.
É possível montar equipes de vacinação com o apoio de estudantes da área da saúde para fazer o levantamento de dados sobre a população faltosa. Com as informações em mãos, a recomendação é promover a chamada busca ativa e organizar ações de imunização extramuros. As secretarias municipais também podem adotar unidades móveis de saúde para levar a vacinação até a comunidade.
Outra proposta é trabalhar de forma integrada com as equipes da Estratégia da Família e buscar parcerias para o alcance da meta. A chefe regional de Vigilância Epidemiológica sugere, inclusive, que os municípios peçam apoio ao Ministério Público na conscientização da população sobre a importância de completar o esquema vacinal.
Por enquanto, as equipes dos municípios não sinalizaram a adoção de uma ou mais medidas recomendadas pela Regional de Saúde.
Samira Silva lamenta que haja risco de perder doses de imunizantes contra a Covid-19 depois de todo o esforço para estruturar a dinâmica de vacinação dos moradores. “A responsabilidade é das secretarias de Saúde, mas não só, é também de cada cidadão.”
Sem a devida cobertura vacinal, mais pessoas ficam suscetíveis à ação do vírus e podem desenvolver novas variantes. Neste momento em que os números de casos e óbitos estão mais baixos, é fundamental manter a prevenção através da imunização.