Aleksa Marques / Da Redação
As Secretarias de Educação vêm desenvolvendo trabalhos de resgate e perpetuação da cultura folclórica há 25 anos na cidade de Paranavaí com o Festival Monteiro Lobato. Na semana passada, o Diário do Noroeste trouxe um pouco mais sobre o evento que reuniu crianças e equipe pedagógica neste mês que se comemora o Folclore brasileiro.
Na última quarta (10) o maternal II do Centro Municipal de Educação Infantil Tia Irene, localizado no distrito do Sumaré, desenvolveu um trabalho de contação de histórias e resgate dos personagens folclóricos como Saci, Curupira, Sereia e o Boitatá. Os alunos incorporaram os lendários e fizeram uma apresentação na escola vizinha, José Vaz de Carvalho. O mês todo está sendo dedicado a trabalhos como este na Rede Municipal de Ensino e as 94 crianças matriculadas ali terão contato com o Folclore.
“Um verdadeiro intercâmbio entre os alunos, uma vez que buscamos trabalhar as lendas, histórias, confecção de materiais com dobradura e muito mais para manter viva a tradição do nosso País”, disse Márcia Moreira, diretora do CMEI. O objetivo, segundo ela, é a socialização, gerar a autonomia nas crianças, fazer diferentes dinâmicas e também melhorando a questão motora e cognitiva.
A professora Telma Vazelesk fala da importância da identificação dos alunos com a história do personagem. Ela disse que antes de delegar quem seria quem, explicou a função de cada um nos contos folclóricos fazendo com que as crianças se interessassem e conhecessem um mundo novo.
“Por exemplo o Curupira. Ele é o defensor da floresta, ajuda a salvar os animais. O aluno que tem esse espírito de ajuda já se identifica. Além disso, o mundo da tecnologia está tomando conta e precisamos resgatar esses valores. Criança tem que imaginar, tem que viver e sonhar. Quando eu digo ‘mergulha, sereia’, a aluninha entra no papel e acredita realmente que está mergulhando. Isso é mágico”, completa Telma.
Elisângela Ferreira, diretora geral de Educação Infantil do Município, fala da importância de não deixar a história do Folclore morrer e que as novas gerações precisam estar em contato com as lendas e brincadeiras folclóricas para que os detalhes não se percam.
“Estamos perpetuando a cultura e mantendo vivas as lendas e brincadeiras. Isso é ótimo para o desenvolvimento das crianças e também dos pais. É uma data comemorativa que não pode faltar no calendário das escolas”, completa.