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Foto: Arquivo DN/Ivan Fuquini
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AGROPECUÁRIA

Rica em proteína, parte aérea da mandioca é opção saudável para nutrição animal

De acordo com médico veterinário, plantas mais jovens concentram maior valor nutritivo, mas mesmo as mais velhas superam os benefícios de gramíneas tropicais

REINALDO SILVA

Da Redação

Folhas e caules formam a parte aérea da mandioca, considerada opção saudável para a nutrição de ruminantes. Além do alto valor proteico, concentra níveis elevados de energia e fibras. As informações são do médico veterinário Jair de Albuquerque Siqueira, que esteve em Paranavaí recentemente e proferiu palestra sobre o tema.

Apesar dos benefícios, a parte aérea da mandioca não é utilizada em larga escala pelos produtores. “O que falta é conhecimento”, disse Siqueira. “Infelizmente os órgãos de pesquisa focam muito a qualidade das raízes e desconsideram a parte aérea.”

O médico veterinário contou que trabalha com nutrição animal há 48 anos e aprendeu a usar folhas e caule da mandioca para alimentar os rebanhos bovinos. “Faço muitas análises em laboratório para saber o valor dessas amostras [e descobri que] quanto mais a planta for jovem, mais ela tem valor nutritivo.” E mesmo as plantas mais velhas superam as vantagens das gramíneas tropicais.

Jair de Albuquerque Siqueira esteve em Paranavaí recentemente para falar sobre o tema
Foto: Ivan Fuquini

Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 2025 terminará com a produção nacional de mandioca em 20,8 milhões de toneladas, crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior. “Como o volume de plantio no Brasil é muito grande, o desperdício da parte aérea é gigantesco”, lamentou Siqueira.

A motivação para reverter esse cenário pode estar no retorno financeiro. “Às vezes, o produtor pode ganhar mais dinheiro utilizando a parte aérea para nutrição animal do que com a própria raiz.” Independentemente da extensão da área plantada, é possível comercializar em forma de silagem ou de feno.

Folhas e caule concentram alto valor proteico e níveis elevados de fibras
Foto: Arquivo DN

Segundo o médico veterinário, no intervalo de dois anos, é possível fazer oito cortes na planta, o que garante produção altíssima sem perda de valor nutritivo – desde que a finalidade seja o uso de folhas e caules para alimentar os rebanhos. “Mas mesmo quando é para obtenção de raiz ainda tem um valor considerável”, ponderou.

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