Formado por voluntários, atualmente o grupo de Paranavaí conta com 28 participantes. Ao longo de 17 anos de trajetória, mais de 500 pessoas já passaram pelo projeto
REINALDO SILVA
Da Redação
Rir para vencer as dificuldades do dia a dia com leveza. Rir e descobrir que a felicidade pode trazer respostas simples para as perguntas mais complexas da vida. Rir até que a alma esteja iluminada por completo. Rir e fazer rir. Essa é a missão essencial do grupo Médicos do Humor, que leva alegria a pacientes internados na Santa Casa de Paranavaí.
São 17 anos de trabalho voluntário, atuando principalmente no ambiente hospitalar, mas também em diferentes entidades assistenciais. Ao longo de todo esse tempo, mais de 500 pessoas já fizeram parte do projeto, que atualmente conta com 28 palhaços.
Talise Schneider coordenada os doutores em besteirologia. Começou sozinha, dando vida à personagem Nicoleta, e encontrou incentivo para transformar a iniciativa individual em uma atividade coletiva. Deu certo. E ainda há muito para ser feito.

Foto: Ivan Fuquini
Uma das propostas em curso é a consolidação do grupo Médicos do Humor como instituto. Os trâmites burocráticos e administrativos estão na fase final, e a formalização permitirá a profissionalização. Diante da prerrogativa legal para buscar recursos financeiros – por meio de editais públicos e outras parcerias – haverá condições para remunerar os palhaços.
Até agora, por serem voluntários, precisam adaptar a agenda de trabalho e os compromissos pessoais para que consigam concretizar as visitas aos pacientes da Santa Casa. Por isso mesmo, os plantões ocorrem exclusivamente aos domingos. No cenário ideal, com compensação salarial, os participantes conseguiriam ampliar a escala. Talise Schneider se diz animada com a possibilidade.

Foto: Yuri Bertelli
Não é palhaçada
Mas é preciso dar um passo de cada vez. Por enquanto, os médicos do humor estão envolvidos na realização da 10ª Feijoada Não é Palhaçada. O evento será neste domingo (5) no salão paroquial da Igreja São Sebastião, em Paranavaí, das 12h às 14h, resultado de uma parceria como Rotary Entre Rios. Quem preferir retirar a marmita em vez de consumir no local poderá buscar a feijoada a partir das 11h30.

Foto: Arquivo/Médicos do Humor
O dinheiro arrecadado com a venda dos convites, cada um a R$ 60, terá como destinação a manutenção das atividades dos médicos do humor e a promoção de ações sociais do clube rotário. Crianças de até 5 anos de idade não pagam; de 6 a 10 anos, pagam meia-entrada.
Talise conta que normalmente os voluntários chegam ao local por volta das 8h. “Tem uma agitação com a galera, um café da manhã, e às 11h30 a gente abre a portaria e começa a atender o público.”
Os convidados poderão curtir música ao vivo, com o grupo Dona Diva Trio, e saborear uma a típica bebida brasileira enquanto almoçam, a caipirinha – a ressalva é que o consumo do bar não estará incluído no valor do convite. Também poderão comprar doces e produtos exclusivos do projeto Médicos do Humor.