O Paraná teve um aumento preocupante nos índices de acidentes de trânsito em suas rodovias federais nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. As estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam um aumento de 7% nas mortes, totalizando 182 óbitos, 12 a mais do que no ano anterior. Paralelamente, dados da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná indicam que as internações resultantes de acidentes de trânsito custaram ao estado 36 milhões de reais entre 2022 e 2023.
Já em relação ao tipo de acidente com o maior número de fatalidades registrado foi a colisão frontal, com 56 casos em 2024, um aumento em relação aos 50 registrados em 2023. Em segundo lugar, temos a saída de pista, geralmente ocasionada pelo excesso de velocidade e pela perda de controle do veículo, responsável por 34 óbitos. Já os atropelamentos de pedestres seguem perto, com 28 pessoas que foram ao óbito no Estado.
A PRF relata que 56,2 mil condutores foram flagrados circulando acima do limite de velocidade permitido, enquanto outros 6,8 mil foram pegos realizando ultrapassagens em locais proibidos. Ambos os números representam um aumento em comparação com o mesmo período do ano anterior, com um incremento de mais de 10% nos flagrantes de excesso de velocidade. Outra preocupação é o não uso do cinto de segurança, com mais de mil flagrantes registrados pelas equipes da PRF de janeiro a abril deste ano.
PREVENÇÃO
O uso do cinto de segurança é lei, além de reduz significativamente o número de vítimas fatais em acidentes. Pois, em caso de colisão, ele impede que o corpo do motorista, e dos passageiros, seja arremessado contra o volante, painel, para-brisa, e até para fora do carro. Segundo a Coordenadora do Curso de Engenharia da Faculdade Anhanguera, o uso do cinto deve ser relado muito a sério pelo motorista, mas também por todas as pessoas que ocupam o veículo em movimento.
‘’O cinto de segurança foi projetado para restringir o movimento dos ocupantes do veículo em caso de colisão ou desaceleração. Ele distribui a força do impacto por áreas mais amplas do corpo, reduzindo assim o risco de lesões graves ou mortes. Porém, é essencial que não apenas o motorista use, mas todas as pessoas que estiverem no carro. Por fim, é essencial que políticas públicas sejam feitas para alertar a população sobre a importância do uso do cinto para que haja, futuramente, diminuição de mortes fatais no trânsito”, conclui.