Os roubos em ambientes do transporte coletivo no Paraná caíram 48,6% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2020. São 490 ocorrências a menos neste. Em Curitiba, a redução foi de 55,3%. Segunda a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a queda é resultado de diversas medidas, entre elas operações da PM para coibir este tipo de crime nas regiões de maior incidência.
Segundo a análise da Corporação, entre janeiro e junho deste ano, a partir de demandas ou flagrantes, foram atendidas pela PM 518 ocorrências relacionadas ao transporte público em todo o Estado, incluindo ônibus, terminais, pontos de ônibus, estações tubo e proximidades. Já no mesmo período de 2020 houve 1.008 situações, uma diferença de 490 casos (-48.6%).
A estatística é resultado da soma dos crimes de roubo, roubo agravado, roubo com resultado de lesão corporal grave e roubo com resultado de morte, ocorridos em ônibus, pontos de ônibus, terminais de ônibus, terminais urbanos, estações tubo e proximidades.
O comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira, explica que algumas mudanças operacionais influenciaram na queda desta modalidade de crime. As principais são a presença maciça de viaturas nas ruas e a intensificação das ações integradas com outros órgãos de segurança pública.
“Toda a atuação se deu com base no trabalho do Setor de Planejamento da PM, que repassou o estudo às seções de planejamento dos batalhões, os quais intensificaram o policiamento nos locais mais críticos. Foi uma atuação estratégica que garantiu um bom resultado e trouxe mais segurança à população que usa o transporte coletivo”, disse.
Graças à atuação mais firme da PM, o roubo relacionado ao transporte coletivo está em desaceleração desde 2016. Naquele ano, a Polícia Militar atendeu 6.490 ocorrências dessa natureza, mas o número caiu paulatinamente e, em 2020, foram 1.685 casos registrados.
Segundo o coronel Hudson, isso se deve ao policiamento estratégico da Corporação nos últimos anos. “Tivemos ainda um forte trabalho de inteligência, por meio do qual foram identificados os principais indivíduos que cometiam esses ilícitos. Graças a todo esse empenho é que tivemos uma redução significativa e pretendemos que reduza ainda mais”, acrescentou o comandante-geral.
“Na pandemia, apesar de ter havido um menor fluxo de pessoas nas ruas em alguns períodos mais críticos da contaminação, a PM continuou com trabalho intenso nesta modalidade, pois o criminoso não para”, acrescenta.
O subcomandante-geral da PM, coronel Rui Noé Barroso Torres, destaca que os autores não têm horário para agir, mas preferem alguns períodos específicos, e isso é mapeado pela Polícia Militar. “Os roubos são cometidos principalmente à noite, quando as linhas de ônibus estão quase encerrando suas operações, em que geralmente estão apenas o motorista e o cobrador. À noite também é comum, em geral, as pessoas ficarem mais desatentas, querendo chegar logo ao local de destino.
Interior – No Noroeste do Estado, considerando as regiões de Maringá, Cruzeiro do Oeste, Paranavaí, Campo Mourão, Umuarama, Loanda, Cianorte e Colorado, foi registrado apenas um roubo em transporte coletivo, entre janeiro a junho deste ano. No mesmo período do ano passado houve seis casos, uma queda de 83,3%.
Nas demais regiões também aconteceu redução significativa. Na região de Londrina a queda foi de 15,7% (de 38 foi para 32) e na de Cascavel houve decréscimo de 41,6% (de 12 caiu para 07). Já na região de Ponta Grossa, a PM registrou queda de 52,3% (de 65 ocorrências foi para 31).
Orientações – O subcomandante-geral da PM ressalta duas principais orientações sobre como o usuário deve agir caso seja vítima de um roubo mediante uso de arma de fogo ou arma branca. “A primeira delas, no momento do crime, é não reagir. Não reagir favorece sua própria segurança, a integridade física e a vida, tanto dele quanto das pessoas que, por ventura, também estejam presentes”.
O coronel também alerta o cidadão para que não deixe objetos de valor à mostra, como celulares, relógios e dinheiro, para evitar roubo ou furto.
“Pedimos ainda que a vítima, de imediato, busque registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia ou que entre em contato com a Polícia Militar pelo telefone 190. Isso cria a possibilidade de recuperar do objeto furtado e ainda reforça a nossa base de dados e georreferenciamento para mapearmos este tipo de ocorrência nas cidades. Assim podemos aplicar, de maneira mais pontual, o nosso policiamento ostensivo”, explica o coronel Barroso.