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SAÚDE

Santa Casa segue com desequilíbrio financeiro e diretoria busca soluções para suprir o déficit

REINALDO SILVA

reinaldo@diariodonoroeste.com.br

“Se não houver recursos novos para fazer frente às novas despesas e liquidar as dívidas antigas, vários hospitais deverão ser fechados, comprometendo o atendimento à população e gerando desemprego. Atualmente, mais de 3 milhões de pessoas dependem economicamente destas instituições, diretamente ou indiretamente.”

O trecho da nota de esclarecimento divulgada pela Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná revela a dificuldade que o setor enfrenta. O desequilíbrio financeiro se aprofundou a partir de 2021, com a pandemia de Covid-19, mas a defasagem se arrasta há décadas.

O texto informa que desde 1994 a tabela de remuneração do Sistema Único de Saúde (SUS) teve reajuste médio de 93,77%. Enquanto isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação, variou 636,07%; o salário mínimo subiu 1.597,79%; e o gás de cozinha acumulou 2.415,94%. “Esta relação deficitária levou os hospitais filantrópicos a um endividamento de cerca de R$ 20 bilhões”, diz a nota, “anualmente, representam desequilíbrio ao setor de R$ 10,9 bilhões”.

A crise atinge hospitais de todo o País, e em Paranavaí não é diferente. A Santa Casa passa por um momento bastante crítico, o pior período financeiro, conforme recente avaliação do diretor-geral Héracles Alencar Arrais.

Pesam em grande medida os altos custos de insumos e medicamentos. Para ter uma ideia, basta comparar os preços do dipirona, um anti-inflamatório com ação antialérgica e antitérmica utilizado rotineiramente no tratamento dos pacientes. Passou de R$ 0,97 antes da pandemia para R$ 5,70, aumento de quase 500%.

Arrais lembra que em 2020, primeiro ano da crise sanitária, as taxas de internações hospitalares foram elevadas, com gastos acima do planejado, mas, então, a Santa Casa de Paranavaí contou com aporte de R$ 3 milhões do Governo Federal.

Os recursos extras não vieram em 2021, tampouco em 2022. A expectativa é que haja repasse da União neste segundo semestre, a fim de restaurar as finanças.

Arrais afirma que a diretoria da Santa Casa de Paranavaí está empenhada na busca por soluções. Ele pede o apoio da comunidade, tão importante ao longo de 2020, quando as doações superaram a marca de R$ 1 milhão. No ano seguinte, o volume caiu para aproximadamente R$ 75 mil.

Mesmo diante do cenário preocupante, o diretor-geral do hospital garante que os serviços estão sendo prestados sem grandes prejuízos à população do Noroeste do Paraná. A Santa Casa é referência regional, atende casos de urgência e emergência e realiza cirurgias eletivas, conta com Pronto Socorro e leitos de Enfermaria e UTI.

Apoio da comunidade neste momento pode ser fundamental para ajudar nas finanças da Santa Casa Foto: Arquivo DN
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